Brasil

Meirelles nega possibilidade de ser vice em chapa com Alckmin

Ex-ministro da Fazenda voltou a insistir que, apesar dos baixos índices em pesquisas eleitorais tem potencial para crescer, e convencerá de sua candidatura

Henrique Meirelles: "Nossa candidatura é a presidente. O MDB é o partido que está no governo, que tem conquistado resultados excepcionais" (Nacho Doce/Reuters)

Henrique Meirelles: "Nossa candidatura é a presidente. O MDB é o partido que está no governo, que tem conquistado resultados excepcionais" (Nacho Doce/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de maio de 2018 às 20h46.

Brasília - Pré-candidato à Presidência pelo MDB, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles negou nesta terça-feira a possibilidade de vir a ser vice em uma chapa com o tucano Geraldo Alckmin.

"Nossa candidatura é a presidente. O MDB é o partido que está no governo, que tem conquistado resultados excepcionais. Não há razão pela qual não possa apresentar um candidato próprio, disputar e ganhar uma eleição. Não há razão para aceitar uma vice estando já no governo e tendo já realizado tudo que realizou nesses 2 anos", afirmou.

Meirelles voltou a insistir que, apesar dos baixos índices em pesquisas eleitorais --o ex-ministro alcança no máximo 1 por cento das intenções de voto em pesquisa Datafolha de meados de abril-- tem potencial para crescer, o que ajudará a convencer seus correligionários da viabilidade de sua candidatura.

"À medida que mostro os resultados das pesquisas, eles adquirem muita confiança. A preferência é ter candidato próprio desde que tenha potencial", disse.

Presidente do MDB, o senador Romero Jucá (RR) reforçou que o partido tem dois pré-candidatos --além de Meirelles, o próprio presidente Michel Temer-- mas que uma decisão só será tomada em junho, depois do partido observar o desempenho de ambos, e não há garantia de que MDB terá um candidato.

"Vamos tomar uma decisão coletiva. Se um pré-candidato prejudicar o partido não será candidato, porque terá que ser aprovado em uma convenção", disse ao ser questionado sobre a resistência de parte dos diretórios em encampar uma candidatura própria, em especial a de Temer, que tem uma elevada rejeição nas pesquisas.

Mercado

Visto como um candidato do mercado, Meirelles atribuiu ainda a alta do dólar às questões eleitorais e as posições de candidatos que classificou como de "extremos", colocando nesta lista Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).

"Temos cada vez mais questão eleitoral que cada vez mais tem influenciado o mercado. Eu já falava lá atrás que em algum momento os agentes econômicos começariam a olhar para as pesquisas e se preocupar", disse o ex-ministro.

De acordo com as últimas pesquisas eleitorais, em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro lidera e Ciro e Marina disputam a segunda posição.

Segundo Meirelles, declarações de Marina e de Ciro propondo revisões de medidas tomadas pelo atual governo, como a reforma trabalhista, assustam o mercado, assim como posições de Bolsonaro mostradas pela sua atuação na Câmara.

"Um certo nível de cautela dos investidores agora é normal, exatamente pelas propostas feitas pelos candidatos dos extremos que estão hoje na liderança", disse o ministro. "Tudo isso é um sinal que gera insegurança e influencia expectativa, influencia confiança".

 

 

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Geraldo AlckminHenrique MeirellesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPSDB

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP