Brasil

Meirelles: Haddad é bom nome para Fazenda; importante é escolher bons secretários

Meirelles argumentou que esse arranjo já funcionou "mais de uma vez e é uma fórmula que pode ser bem sucedida"

 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 16h01.

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad é "um bom nome" para o Ministério da Fazenda e que, a partir de agora, será a importante a escolha de secretários "de bom nível". "Ele fez uma gestão responsável do ponto de vista fiscal na Prefeitura de São Paulo; como não é economista, é importante que, assim como já foi feito no primeiro mandato de Lula, ele escolha secretários de bom nível, com conhecimento e experiência nas áreas específicas, e siga as sugestões desses secretários para fazer uma boa administração", avaliou, no Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq).

Assine a EXAME por menos de R$ 0,37/dia e acesse as notícias mais importantes do Brasil em tempo real.

Meirelles argumentou que esse arranjo já funcionou "mais de uma vez e é uma fórmula que pode ser bem sucedida", desde que as escolhas sejam bem feitas e que "de fato" os secretários tenham autonomia.

Planejamento

O ex-presidente do Banco Central comentou ainda que o nome escolhido para assumir o Ministério do Planejamento precisa ter "credibilidade" e ser alguém que "de fato vá adicionar uma visão de controle fiscal, especialmente corte de despesas".

"A função do Ministério do Planejamento é manejar as despesas e qualquer reforma administrativa importante com corte de despesas vai passar pelo Ministério do Planejamento", disse Meirelles à imprensa nos bastidores do evento.

Copom

Sobre a decisão do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central de manter a Selic em 13,75% ao ano e seu comunicado, Meirelles disse que foi uma mensagem "direta e necessária" de que se o governo expandir despesas sem cortes de gastos, a inflação seguirá elevada e o BC terá de manter as taxas elevadas ou, se necessário, elevá-las.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadGoverno LulaHenrique MeirellesMinistério da Fazenda

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas