Brasil

Meirelles diz que segurança no Rio é “projeto prioritário”

O ministro da Fazenda afirmou nesta segunda-feira que é importante o Congresso Nacional votar o projeto de reoneração da folha de pagamentos

Henrique Meirelles: É importante aprovar reoneração da folha para recursos ao Rio (Wilson Dias/Agência Brasil)

Henrique Meirelles: É importante aprovar reoneração da folha para recursos ao Rio (Wilson Dias/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 19 de março de 2018 às 11h29.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que é importante o Congresso Nacional votar o projeto de reoneração da folha de pagamentos para garantir recursos adicionais para "projetos prioritários", incluindo aí a segurança no Rio de Janeiro.

Meirelles disse, durante entrevista à rádio CBN, que a notícia de que o governo irá liberar mais recursos à segurança pública do Estado fazia parte de "avaliações preliminares". Segundo ele, os números não estavam fechados, mas afirmou que a ajuda para a segurança pode ficar na casa de 1 bilhão de reais.

O governo se debruça sobre o quanto será preciso destinar ao Rio após decretar intervenção federal no Estado, com as pressões sobre a eficácia da investida aumentando após o assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco.

A estratégia de atrelar a aprovação da reoneração da folha à liberação dos recursos representa uma forma de o governo tentar fazer o texto deslanchar.

Inicialmente, o governo estimava levantar 8,8 bilhões de reais com a medida, que enfrenta forte resistência do empresariado. Mas o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PCdoB-SP), já sinalizou que abrirá espaço para que mais empresas continuem com o benefício fiscal, reduzindo os ganhos para os cofres públicos com a proposta.

Na véspera, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que dos recursos que irão para o Rio de Janeiro, uma parte entrará no caixa do governo do Estado e a outra parte irá para o ministério da Segurança Pública.

Segundo Oliveira, o governo ainda está estudando quais fontes dentro do Orçamento serão remanejadas para atender essa demanda.

"Deveremos ter isso até o final desta semana enviado ao Congresso Nacional", afirmou ele, pontuando que o crédito extraordinário para o Rio de Janeiro será previsto por Medida Provisória e a verba para o ministério da Segurança Pública demandará o envio de projeto de lei.

Sob esse formato, o direcionamento de recursos para a intervenção federal no Rio de Janeiro não deverá ameaçar as regras fiscais neste ano, já que créditos extraordinários não se sujeitam à regra do teto de gastos.

O limite para crescimento das despesas públicas, que este ano é de apenas 3 por cento, é a grande preocupação do governo em 2018. A avaliação é que a meta fiscal, de déficit primário de 159 bilhões de reais para o governo central, será cumprida com folga, ajudada pela recuperação da arrecadação com a retomada econômica.

CANDIDATURA

Na entrevista, Meirelles voltou a dizer que irá tomar uma decisão sobre candidatura à Presidência da República até 7 de abril, quando também definirá eventual ingresso em outro partido político.

O ministro é atualmente filiado ao PSD, mas avalia ir para o MDB enquanto turbina as exposições na mídia para tentar dar força a seu nome como o mais competitivo para defender o legado do atual governo.

 

Acompanhe tudo sobre:Henrique MeirellesRio de JaneiroSegurança pública

Mais de Brasil

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana