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Meirelles diz que investigações contra Temer não afetam sua campanha

O ex-titular da Fazenda mostrou não acreditar na possibilidade de uma única chapa do bloco de centro para disputar as eleições de outubro

Henrique Meirelles: "O presidente Temer fez uma administração bem sucedida, tirou o Brasil da maior recessão da história e a inflação está controlada" (Adriano Machado/Reuters)

Henrique Meirelles: "O presidente Temer fez uma administração bem sucedida, tirou o Brasil da maior recessão da história e a inflação está controlada" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2018 às 20h12.

Brasília - O pré-candidato do MDB ao Palácio do Planalto, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira, 6, que investigações conduzidas pela Polícia Federal contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) não atingem sua campanha.

"Não há razão para que a minha candidatura seja afetada. O presidente e os ministros vão se defender e mostrar quais as suas razões, suas condutas, e compete à Justiça e às instituições uma apuração normal", afirmou Meirelles, ex-ministro da Fazenda, após sair de uma reunião com a bancada do MDB na Câmara.

Questionado se a crise enfrentada pelo governo não poderia contaminar sua campanha, Meirelles demonstrou ter uma resposta na ponta da língua e desviou da polêmica. "Não vejo por que. O presidente Temer fez uma administração bem sucedida, tirou o Brasil da maior recessão da história e a inflação está controlada", afirmou.

Em recente entrevista ao Estadão/Broadcast, Meirelles disse não querer ser associado a rótulos. "Não sou o candidato do mercado, não sou o candidato do governo, não sou o candidato de Brasília. A minha proposta é a (...) do meu histórico", declarou ele, na semana passada.

Nesta quarta-feira, Meirelles procurou minimizar o mal-estar provocado pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que chegou a solicitar que ele retirasse a candidatura ao Palácio do Planalto, junto com outros presidenciáveis, em nome da unidade do centro político. "O ministro está preocupado com a evolução dos acontecimentos, mas isso é normal. Estamos juntos", desconversou.

Na prática, Marun - que participou da reunião com Meirelles e a bancada do MDB, nesta quarta - foi enquadrado pelo presidente Michel Temer. Em conversa reservada, Temer pediu ao auxiliar que parasse de incentivar o "fogo amigo" contra Meirelles.

O ex-titular da Fazenda mostrou não acreditar na possibilidade de uma única chapa do bloco de centro para disputar as eleições de outubro. Ao ser indagado se considerava possível essa hipótese, defendida no manifesto "Por um Polo Democrático e Reformista" - uma iniciativa liderada por dirigentes do PSDB e PPS -, Meirelles abriu um sorriso.

"Possível é, mas tem de ser em torno de quem tem condições de ganhar", respondeu o pré-candidato do MDB. "Os candidatos dos extremos já disputaram eleições e são conhecidos. Nosso nome é o que tem se mostrado com mais condições de crescer.", concluiu ele.

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