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Meirelles: déficit em conta pode atingir US$ 67 bi

O comentário foi feito durante a 6ª Conferência de bancos centrais realizada hoje em Frankfurt, na Alemanha

Henrique Meirelles, presidente do Banco Central: Brasil deve registrar expansão de cerca de 7,3% este ano (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

Henrique Meirelles, presidente do Banco Central: Brasil deve registrar expansão de cerca de 7,3% este ano (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 11h09.

Frankfurt - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, previu que o déficit em conta corrente do Brasil poderá se ampliar fortemente para US$ 67 bilhões no próximo ano, ante cerca de US$ 39 bilhões neste ano. O comentário foi feito durante a 6ª Conferência de bancos centrais realizada hoje em Frankfurt, na Alemanha. 

Meirelles acrescentou que a economia do Brasil deve registrar expansão de cerca de 7,3% este ano, mas que o crescimento deve se moderar em 2011, com a economia movendo-se possivelmente para a taxa potencial. Meirelles afirmou também que os governos deveriam trabalhar em direção à coordenação global, mas defendeu que, ao mesmo tempo, cada jurisdição seja muito clara quanto a proteção de sua própria economia dos desequilíbrios globais.

"Isto é basicamente o que estamos fazendo e o que cada país nessa situação deveria fazer", disse Meirelles. Meirelles disse ter visto "algum risco" de bolha no preço dos ativos e excesso de liquidez no crédito, em consequência do fluxo de entrada de capital. "Estamos tratando de tais questões vigorosamente para evitar desequilíbrios domésticos e bolhas de ativos", disse.

Equilíbrio global

O presidente do BC recomendou ainda maior coordenação entre os governos para promover o reequilíbrio da economia mundial e evitar que países como o Brasil tenham de agir isoladamente. "Somos favoráveis ao equilíbrio global, à coordenação global e a um caminho que evite tais tipos de distorções. E, particularmente, que um país como o Brasil não seja forçado a tomar medidas para proteger sua própria economia", disse Meirelles. As informações são da Dow Jones.

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