Brasil

Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

ÀS SETE - Meirelles afirma que a decisão sobre a mudança da meta fiscal deve ser feita em setembro

Henrique Meirelles: para ministro, a recessão já ficou para trás (lávio Santana/ Biofoto/Exame)

Henrique Meirelles: para ministro, a recessão já ficou para trás (lávio Santana/ Biofoto/Exame)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 06h36.

Última atualização em 8 de agosto de 2017 às 07h54.

Meirelles, a meta e as reformas

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na noite desta segunda-feira, durante a premiação de Melhores e Maiores, de EXAME, que a decisão sobre a mudança da meta fiscal deve ser feita em setembro. A meta atual prevê um déficit primário de 139 bilhões de reais, e há expectativa no mercado de que ela seja aumentada em 20 bilhões de reais. “O relatório bimestral de setembro será um bom momento para avaliar se essa decisão pode ser tomada”, afirmou. Meirelles voltou a afirmar que o Brasil “a recessão já ficou para trás” e que espera que “até o fim do ano tenhamos concluído o ciclo de aprovação das reformas econômicas”.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Janot vs. Gilmar

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes segue em franca ofensiva contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A dupla tem um histórico de alfinetadas, mas nesta segunda-feira o ministro protagonizou o mais explícito ataque ao colega de judiciário até aqui em entrevista à Rádio Gaúcha. “Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria. Ele não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir um órgão dessa importância”, afirmou. Janot afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a solução para o imbróglio que vive o país é a saída política. “Agora, saída política não é você considerar bandido como político. O bandido que se esconde atrás do manto político não é político, é bandido”, disse.

Um parque no Campo de Marte 

O presidente Michel Temer e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) firmaram nesta segunda o acordo para transformar parte do terreno do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da cidade, em um parque municipal e um museu aeroespacial. “Após a implantação do parque, teremos a segunda etapa, a ser decidida em tempo e em formato, para a desativação da pista do Campo de Marte, que hoje é mais utilizada para aviação geral e muito pouco pela Aeronáutica”, disse Doria. “A última etapa envolve os hangares, que também serão objeto de um entendimento amplo com a Infraero e com as empresas que ocupam estes hangares e a preservação da unidade do Águia, da Polícia Militar de São Paulo, que continuará ali”. Hoje, o aeroporto não atende voos comerciais, apenas aviões particulares e oficiais. A previsão dada por Doria é que a adequação será feita até o fim de seu mandato, em 2020.

_

Novos amigos

Grande destaque do encontro entre o presidente e o prefeito Doria foi a troca de elogios. Temer ressaltou a “visão nacional” e “conciliadora” de Doria. “Saio daqui mais animado ainda porque vejo aqui um parceiro, um companheiro, alguém que compreende como ninguém os problemas do país”, disse Temer. Em resposta, Doria voltou a defender a permanência de Temer no Planalto. “Sempre a sua alma e a sua índole foram de conciliação. A minha também”, disse o tucano. “Isso não nos tira do campo da defesa de princípios e da firmeza de posições, de caráter, de postura e de biografias”. A postura de Doria contrasta com a de seu principal aliado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta se distanciar de Temer e vem defendendo o desembarque do partido da base aliada do governo federal.

_

Propinas de Cabral

Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas para a Operação Saqueador, o empresário Fernando Cavendish afirmou nesta segunda-feira que o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) cobrou 5% de propina da Delta para que fizesse parte do consórcio com a Andrade Gutierrez para reforma do Maracanã. Cavendish também negou a justificativa de Cabral, que afirmou que aproveitava sobras de caixa dois para enriquecimento ilícito. “No meu caso não foi para campanha. Nem tinha campanha em 2011. Foi pelas obras”, disse. O empresário afirma que a propina foi paga em dinheiro até que a empresa saísse do consórcio em 2012, após a Delta entrar em crise em razão da CPI do Cachoeira. A empresa tinha 30% de participação no consórcio. A reforma foi concluída em 2014 por cerca de 1 bilhão de reais.

_

Mariana: ação suspensa

O juiz federal Jacques de Queiroz Ferreira, de Ponte Nova (MG), suspendeu a ação por homicídio envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, que provocou 19 mortes, na região de Mariana. O processo corre contra 22 pessoas, entre elas, funcionários da Samarco e das donas da mineradora Vale e BHP Billiton. A decisão atende a pedido da defesa, que reclamam que a denúncia do Ministério Público Federal tem como base a obtenção de provas ilícitas, que “ultrapassaram o período judicialmente autorizado, tendo as conversas sido analisadas pela Polícia Federal e utilizadas pelo MPF na confecção da denúncia”. Eles pedem a anulação do processo. O Ministério Público diz que os diretores estavam conscientes de todos os riscos envolvidos na construção e na operação da barragem.

_

Financiamento de R$1,5 bilhão na Caixa

O presidente da Caixa Econômica, Gilberto Occhi, afirmou que o banco lançará nesta terça-feira 8, em evento em São Paulo, uma linha de 1,5 bilhão de reais para financiar empresas do setor imobiliário que queiram construir lotes urbanizados. “A ideia é financiar a produção, a construção dos lotes, incluindo infraestrutura, como água e pavimentação”, afirmou. Segundo Occhi, a liberação dos saques de contas inativas do FGTS permitiu um crescimento de 27% no financiamento imobiliário do banco no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016.

_

Coreia do Norte: vingança contra EUA?

Coreia do Norte promete se vingar “mil vezes” dos Estados Unidos após ONU decretar novas sanções contra o país. No sábado, o Conselho de Segurança da organização aprovou medidas que podem reduzir a receita de exportação anual do país. Durante fórum realizado em Manila, nas Filipinas, o secretário de estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse que não vai dialogar com a Coreia do Norte. Já em Myanmar, durante encontro da Associação ASEAN e União Europeia, representantes de ambos grupos mostraram preocupação com atitudes do governo norte-coreano, e condenaram os testes de mísseis realizados pelo pais. “Esses testes ameaçam seriamente a paz, a segurança e a estabilidade na região e no mundo”.

Netflix faz sua primeira aquisição

A empresa de vídeos online Netflix comprou a empresa de HQ’s Millarworld, conhecida por criar os quadrinhos dos personagens Logan, Kick-Ass e Kingsman. Essa é a primeira aquisição realizada pela empresa de streaming. Não há informações sobre o valor da compra, mas a Netflix afirmou que pretende aproveitar a criatividade da empresa para produzir conteúdo exclusivo para seus mais de 100 milhões de assinantes. “Netflix é o futuro e o Millarworld não poderia ter uma casa melhor”, afirmou Mark Millar, fundador da editora de quadrinhos.

Softbank no Uber?

O conglomerado japonês de tecnologia Softbank apresentou uma alta de 50% no seu lucro operacional, que foi de estrondosos 4,32 bilhões de dólares. Além disso, em teleconferência de resultados o grupo disse que está interessado em investir em uma das empresas de transportes Uber ou Lyft. Esta é a primeira vez que o SoftBank manifestou publicamente interesse pelo Uber, após ter aplicado recursos até agora no Grab, seu rival no Sudeste Asiático, e no Didi, da China.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteEstados Unidos (EUA)Exame HojeHenrique MeirellesJoão Doria JúniorMichel TemerNetflix

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe