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Medidas econômicas do governo estimulam a indexação

Nos próximos dias, será enviada ao Congresso uma medida provisória fixando o salário mínimo de 2011 e estabelecendo que será corrigido pela inflação do ano anterior

Influência se dá pela correção de preços como aluguel, tarifas de ônibus e mensalidades escolares, todos reajustados, formal ou informalmente, com base nos índices de inflação (EXAME.com)

Influência se dá pela correção de preços como aluguel, tarifas de ônibus e mensalidades escolares, todos reajustados, formal ou informalmente, com base nos índices de inflação (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h26.

São Paulo - Dezesseis anos após o Plano Real, a economia brasileira ainda não conseguiu se livrar da indexação, a correção automática dos preços pela inflação passada. Ela é responsável por cerca de 15% da inflação dos últimos meses, segundo cálculo do economista Heron do Carmo, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon) de São Paulo.

A influência se dá pela correção de preços como aluguel, tarifas de ônibus e mensalidades escolares, todos reajustados, formal ou informalmente, com base nos índices de inflação. Embora esse mecanismo de perpetuação da inflação preocupe o governo, não há nenhuma medida em estudo para atacar a indexação. Avalia-se que a melhor forma de livrar os agentes econômicos desse vício é a queda consistente da inflação.

“Quando a meta de inflação for mais baixa, os prazos de correção dos contratos poderão ser mais longos do que um ano e assim a indexação vai desaparecendo”, comenta uma fonte. A meta é de 4 5% para 2011 e 2012.

Atualmente, medidas em estudo no governo estão na direção contrária: vão indexar ainda mais a economia. Nos próximos dias, será enviada ao Congresso uma medida provisória fixando o salário mínimo de 2011 e estabelecendo que será corrigido pela inflação do ano anterior, acrescido do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás. Essa indexação foi criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, mas ainda não está em lei. A presidente Dilma Rousseff o fará. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

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