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Médicos terão que repassar dados de pacientes com HIV

Atualmente, a aids está incluída na lista de 40 doenças com notificação obrigatória no Ministério da Saúde, mas o vírus HIV até então não estava


	Teste de HIV: o objetivo da notificação obrigatória é conhecer precocemente o status sorológico do paciente e, se for o caso, iniciar o tratamento mais rapidamente
 (Marcelo Camargo/ABr)

Teste de HIV: o objetivo da notificação obrigatória é conhecer precocemente o status sorológico do paciente e, se for o caso, iniciar o tratamento mais rapidamente (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 10h50.

Brasília – Médicos e laboratórios que fizerem exames de detecção do vírus HIV serão obrigados a repassar os dados do paciente, em caso de resultado positivo, ao Ministério da Saúde.

Atualmente, a aids está incluída na lista de 40 doenças com notificação obrigatória no ministério, mas o vírus HIV não estava. A portaria que atualiza a lista de notificações compulsórias deverá ser publicada em janeiro de 2013 pela Secretaria de Vigilância em Saúde.

No caso do HIV, o objetivo é conhecer precocemente o status sorológico do paciente e, se for o caso, iniciar o tratamento mais rapidamente. Embora o Brasil tenha hoje 217 mil pessoas em tratamento antirretroviral, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que outras 150 mil não saibam que têm o vírus da aids.

Ainda de acordo com o ministério, a recomendação de notificação do HIV havia sido discutida e acatada pelo governo brasileiro em novembro durante uma reunião da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), no Panamá. O encontro teve a participação de representantes de 30 países da América Latina e do Caribe.

“Essa medida traz dois benefícios: um individual e um coletivo. A pessoa que toma remédio mais cedo não vai desenvolver a aids. O outro ponto positivo é que quando o paciente começa a tomar o medicamento, a carga viral é diminuída até que fique indetectável. Assim, você quebra a cadeia de transmissão da doença”, explica o coordenador da Secretaria de Vigilância Epidemiológica do ministério, Gerson Fernando Mendes.

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