Brasil

Médicos de SP não atenderão planos de saúde por 11 dias

Até o dia 18, apenas as urgências e emergências serão mantidas


	Médico analisa paciente: em São Paulo, a pauta de reivindicações inclui o aumento do valor da consulta para R$ 80
 (Joe Raedle/AFP)

Médico analisa paciente: em São Paulo, a pauta de reivindicações inclui o aumento do valor da consulta para R$ 80 (Joe Raedle/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 16h23.

São Paulo – Os médicos do estado de São Paulo vão paralisar o atendimento a pelo menos 12 planos de saúde a partir da próxima quarta-feira (10). Até o dia 18, apenas as urgências e emergências serão mantidas. De acordo com a Associação Paulista de Medicina (APM), do dia 11 ao dia 17, a greve será feita em esquema de rodízio, ou seja, apenas determinadas especialidades deixarão de ser atendidas em cada dia.

De acordo com a entidade, o atendimento será suspenso no grupo de operadoras “que não aceitaram negociar com a classe médica ou não enviaram propostas suficientes até o momento”. Os planos inicialmente afetados serão Golden Cross, Green Line, Intermédica, Itálica, Metrópole, Prevent Sênior, Santa Amália, São Cristóvão, Seisa, Tempo Assist, Trasmontano e Universal. A lista completa será apresentada no próximo dia 9.

Nos dias 10 e 18 todos os médicos credenciados aos planos de saúde alvo da ação farão paralisação. No dia 11 serão afetadas as áreas de ginecologia e obstetrícia, anestesiologia e cardiologia; dia 15, endocrinologia, cirurgia de cabeça e pescoço, e pneumologia; no dia 16, ortopedia e traumatologia, angiologia, cirurgia vascular e medicina do esporte; e no dia 17, endoscopia, dermatologia e alergia, e imunologia.

“São Paulo está em consonância com o movimento nacional, que terá ações em diversos estados e regiões. O mês do médico será marcado pelo posicionamento firme da classe em busca da valorização de seu trabalho, sempre em prol do atendimento de qualidade aos pacientes”, destacou o presidente da APM, Florisval Meinão.

Em São Paulo, a pauta de reivindicações inclui o aumento do valor da consulta para R$ 80, a atualização dos valores cobrados pelos procedimentos conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, e o reajuste desses valores a cada 12 meses.

Acompanhe tudo sobre:MédicosPlanos de saúdePolítica no BrasilProtestosSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar