Brasil

MEC volta atrás em oferta de EaD para ensino fundamental

Governo afirmou que houve erro no material e a retificação será enviada na segunda-feira

Educação (Creatas/Thinkstock)

Educação (Creatas/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de maio de 2017 às 08h50.

O Ministério da Educação (MEC) voltou atrás e decidiu alterar o decreto publicado ontem (26), que estabelece as diretrizes para a educação a distância (EaD).

O decreto assinado pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, permitia que as escolas ofertassem educação a distância para estudantes dos anos finais do ensino fundamental regular, do 6º ao 9º ano, que estejam "privadas da oferta de disciplinas obrigatórias do currículo escolar".

A pasta divulgou nota na noite desta sexta-feira dizendo que houve um erro no material e que a retificação "será enviada para publicação na próxima segunda-feira [29]". Com isso, a redação que volta a valer é a do Decreto 9.057 de 25 de maio de 2005.

O decreto publicado hoje abria espaço para que redes de ensino públicas e privadas que não conseguissem, por algum motivo, ofertar disciplinas obrigatórias no ensino fundamental presencialmente o fizessem a distância.

A EaD para o ensino fundamental seguirá podendo ser ofertada em casos emergenciais, a estudantes que: por motivo de saúde, estejam impedidos de acompanhar o ensino presencial; estejam no exterior; vivam em localidades que não possuam rede regular de atendimento escolar presencial; sejam transferidas compulsoriamente para regiões de difícil acesso, incluídas as missões localizadas em regiões de fronteira; estejam em situação de privação de liberdade.

No caso do ensino médio, a oferta de EaD ainda terá os critérios definidos pelo MEC em conjunto com os sistemas de ensino, Conselho Nacional de Educação (CNE), conselhos estaduais e distrital de educação e secretarias estaduais e distrital para a aprovação de instituições que desejem ofertar a modalidade.

Além da oferta no ensino básico, o decreto traz mudanças na oferta pelo ensino superior, flexibilizando regras de fiscalização. As medidas foram elogiadas pelo setor privado.

*A repórter viajou para o 10º Congresso Brasileiro de Educação Superior Particular (Cbesp) a convite do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEducação no BrasilEnsino públicoMEC – Ministério da Educação

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos