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MEC vai continuar agindo com rigor na expansão do ensino

Em 2009, quando foram avaliados os mesmos cursos, o percentual que apresentou nota insatisfatória foi 24,9%


	Ministro da Educação: Mercadante também destacou que as universidades públicas continuam com desempenho melhor no Enade do que as instituições privadas
 (Wilson Dias/ABr)

Ministro da Educação: Mercadante também destacou que as universidades públicas continuam com desempenho melhor no Enade do que as instituições privadas (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 15h48.

Brasília – O resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em 2012 indica que, de modo geral, os cursos de instituições de ensino superior avaliados avançaram em direção à qualidade, na avaliação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Ele reconheceu, no entanto, que embora 70% deles tenham obtido conceito satisfatório (superior a 3, em uma escala que vai até 5), 30%, formados principalmente por cursos de faculdades isoladas, tiveram conceitos 1 e 2, considerados insuficientes pela pasta.

Em 2009, quando foram avaliados os mesmos cursos, o percentual que apresentou nota insatisfatória foi 24,9%.

O Conceito Enade é um dos indicadores de qualidade da educação superior brasileira e corresponde a cerca de 70% da composição do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que, segundo o MEC, será divulgado no final deste mês.

Para calcular o CPC, a pasta também considera a infraestrutura e a equipe de profissionais de educação. A comparação foi feita com os dados de 2009, porque um mesmo grupo de cursos é avaliado a cada três anos.

"O sistema avançou em direção à qualidade, mas ainda temos uma parcela de cerca de 30% [de cursos] com notas 1 e 2, que são insuficientes. Na avaliação dos cursos especificamente, daqui a um mês, aqueles que tiraram nota 1 e 2 poderão ter os vestibulares suspensos. Nós vamos continuar com o mesmo rigor, porque queremos expandir o sistema, mas tem que expandir com qualidade", disse o ministro.

Ele ressaltou que, atualmente, cerca de 7,2 milhões de alunos estão matriculados em universidades brasileiras e mais 7,2 milhões querem entrar.


Mercadante também destacou que as universidades públicas continuam com desempenho melhor no Enade do que as instituições privadas.

Enquanto entre as públicas, 17% obtiveram nota máxima em 2012, tendo saltado de 4,3% em 2009; apenas 3,5% das universidades privadas tiveram nota 5 no ano passado, sendo que em 2009 0,4% delas conquistaram o patamar.

O ministro da Educação ressaltou que este ano os alunos que farão o Enade deverão permanecer pelo menos uma hora no local de prova para ter a participação considerada, o que é fundamental para obtenção do diploma de graduação. Em 2012, a prova teve 20% de abstenção. Este ano, o exame será aplicado no dia 24 de novembro, quando serão avaliados 4.916 cursos ligados à área da saúde - como medicina, farmácia, zootecnia e educação física. A expectativa do MEC é que cerca de 200 mil estudantes façam a prova.

"Cada vez mais o mercado de trabalho olha o desempenho no Enade, portanto tem um valor estratégico. O empenho deles [dos estudantes] em fazer um bom Enade ajudará a valorizar seu currículo, o seu diploma e a sua vida profissional", disse o ministro.

Em 2012, foram avaliados, por meio do Enade, 7.228 cursos. Para o conceito, no entanto, foram consideradas 6.306 unidades de cálculo, já que uma mesma instituição pode ter mais de um curso na mesma área.

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