Segundo o governo, a anulação das 13 questões, de um total de 180 contidas no Enem, prejudicará a grande maioria dos estudantes que fizeram o exame (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2011 às 17h03.
Brasília - O Ministério da Educação deu entrada na tarde de hoje, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), a um pedido de suspensão da liminar da Justiça Federal do Ceará que anulou 13 questões do teste do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O exame foi realizado por quatro milhões de pessoas nos dias 22 e 23 de outubro. O cancelamento foi determinado pelo Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE). De acordo com investigação da Polícia Federal (PF), as 13 questões anuladas vazaram somente para alunos do Colégio Christus, de Fortaleza. No entendimento do MPF-CE, a responsabilidade do vazamento é do MEC e não da escola, por isso os alunos não poderiam ser penalizados pelo erro.
A decisão de recorrer foi do ministro da Educação, Fernando Haddad. O ministro defende que o exame deve ser cancelado para os 639 alunos que teriam se beneficiado com as questões. Eles poderiam fazer novamente o exame junto com os presidiários, no final do mês. Haddad anunciou que entregaria pessoalmente o recurso em audiência com o presidente do TRF-5, Paulo Roberto de Oliveira Lima, mas como ele estava ausente, o encontro foi adiado para amanhã.
De acordo com a assessoria do TRF-5, a decisão sobre o pedido será divulgada assim que for apreciado pelo presidente. O pedido foi entregue pelo procurador regional federal Renato Rodrigues Vieira e pelos subprocuradores regionais Rodrigo Veloso e Miguel Longman.