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MEC exige explicações de universidade no RS sobre ato com Lula

Funcionária denunciou agressões e ameaças a professores e alunos no dia que o ex-presidente Lula visitou o campus do Instituto Farroupilha

Ex-presidente Lula (Paulo Whitaker/Reuters)

Ex-presidente Lula (Paulo Whitaker/Reuters)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 5 de abril de 2018 às 17h10.

São Paulo - O ministro da Educação, Mendonça Filho, encaminhou nesta quinta-feira (5) um pedido de explicações ao Instituto Federal Farroupilha, no Rio Grande do Sul, após denúncia de funcionária sobre agressões e ameaças a professores e alunos no dia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o campus.

Em carta ao deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), uma funcionária da instituição relatou que a entrada no local estava sendo controlada e apenas quem estivesse com adesivo de apoio ao ex-presidente poderia entrar, de acordo o site da VEJA. Ela também afirmou que uma arma foi apontada na direção de uma professora por um partidário de Lula.

Aula sobre o golpe

Não é a primeira vez que o MEC reage de forma negativa a eventos relacionados a política dentro de universidades. Em fevereiro, o ministro disse que iria acionar o MPF para investigar a criação de uma disciplina na UnB para estudar "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”.

Os temas da disciplina abrangem desde o golpe militar de 1964 até impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e os desdobramentos do governo de Michel Temer – classificado na ementa da matéria como ilegítimo. Em nota, o MEC sustenta que o conteúdo sinaliza um possível “proselitismo político e ideológico de uma corrente política usando uma instituição pública de ensino”.

Em reação à ação do MEC, ao menos 10 instituições confirmaram ou estudam lançar cursos livres ou optativos sobre esse tema.

 

 

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