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MEC determina 'pente-fino' sobre ocorrências no Enem

"A orientação dada ao consórcio Cespe/ Cesgranrio é que todas as ocorrências passem por um pente-fino", disse Haddad

Fernando Haddad, ministro da Educação: "nenhuma instituição está imune a falhas técnicas" (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Fernando Haddad, ministro da Educação: "nenhuma instituição está imune a falhas técnicas" (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 18h42.

O Ministério da Educação (MEC) determinou a realização de uma operação "pente-fino" sobre as ocorrências registradas nas atas de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em um processo que vai ajudar a definir quais estudantes terão direito a uma nova prova. A informação foi dada hoje pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Mais cedo, ele compareceu à audiência da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal.

"A orientação dada ao consórcio Cespe/ Cesgranrio é que todas as ocorrências passem por um pente-fino. Todas as ocorrências. Se houver registro em ata que faltou cartão para substituir o cartão entregue ao aluno ou alguma ocorrência dessa natureza, enfim tudo que for possível apurar objetivamente será considerado", disse Haddad.

Questionado se apenas a prova de sábado seria reaplicada a um número restrito de estudantes, Haddad respondeu que "possivelmente sim, mas não necessariamente". "Vamos verificar se houve algum prejuízo por alguma outra ocorrência de alguém que no domingo tenha tido alguma dificuldade", afirmou.

Não é possível abrir a possibilidade de refazer o exame para todos os alunos, observou Haddad, já que isso "fere o edital". "Trata-se de uma apuração objetiva e de uma convocação direcionada para aqueles que foram prejudicados", ressaltou. Esses alunos serão imediatamente notificados por celular, e-mail e pelos Correios, disse o ministro.

Ao comentar falhas nesta edição do Enem - como a encadernação equivocada de parte das provas do caderno amarelo e o cabeçalho errado em todas as avaliações de sábado -, Haddad admitiu que foram dois erros distintos. "Um aparentemente de responsabilidade do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e outro de responsabilidade da gráfica", comentou. Perguntado se cabeçalho trocado seria mais grave que o erro de impressão, disse: "Não sei responder neste momento. Aparentemente o do caderno é maior" afirmou Haddad.

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