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MEC anuncia uso do Fies na pós-graduação

Fundo de Financiamento Estudantil atenderá a 31,6 mil alunos de 600 programas de mestrado e doutorado em cerca de 170 instituições particulares


	Rstudantes em sala de aula de uma universidade
 (Marcos Santos/USP imagens)

Rstudantes em sala de aula de uma universidade (Marcos Santos/USP imagens)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 22h25.

São Paulo - O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta terça-feira, dia 1º, a ampliação do crédito educativo para a pós-graduação, a partir do segundo semestre.

O lançamento da medida foi adiantado pelo Estado na semana passada. O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) atenderá a 31,6 mil alunos de 600 programas de mestrado e doutorado em cerca de 170 instituições particulares do País.

A legislação do Fies já previa o atendimento de estudantes da pós, mas isso nunca ocorreu na prática, o que motivou pressão das associações de pós-graduandos e de faculdades privadas.

O programa terá as mesmas regras de empréstimo da graduação, com juros de 3,4% anuais e quitação da dívida após um ano e meio da formatura.

O Fies da Pós só contemplará programas reconhecidos pela Coordenação de Avaliação de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao MEC.

Especializações e MBAs (Master in Business Administration) não estão incluídos. Nesta semana o MEC abrirá o sistema para adesão de instituições privadas e, depois, os alunos poderão solicitar o financiamento.

O crédito educativo da pós é uma aposta para ampliar o acesso, como ocorreu nos últimos anos com a graduação por meio de bolsas e financiamentos em faculdades particulares.

Outro objetivo é também incentivar novos mestrados e doutorados. "Temos todo o interesse em fazer com que os cursos de pós-graduação sejam fomentados a partir desse financiamento", afirmou ontem o ministro Henrique Paim, durante o evento em que anunciou o programa.

"Nós sabemos que existe uma demanda importante de financiamento nessa área, especialmente nos cursos de mestrado profissional", completou.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, Sólon Caldas, acredita que o passo é importante, mas outros avanços são possíveis.

"Segue na nossa pauta a liberação do Fies para cursos à distância (EAD)", defendeu. Embora o ministro já tenha se manifestado favorável a estender o Fies para o EAD, a inclusão da modalidade ainda não é prevista pelo MEC.

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