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MBL tenta desocupar colégios no Paraná à revelia da Justiça

A Polícia Militar precisou ser chamada para que não houvesse agressões sobre o grupo de estudantes - em sua maioria menores de idade

Ocupações: no Paraná, havia 860 colégios e 11 universidades ocupadas, segundo o movimento Ocupa Paraná (Facebook/Ocupa Safel/Divulgação)

Ocupações: no Paraná, havia 860 colégios e 11 universidades ocupadas, segundo o movimento Ocupa Paraná (Facebook/Ocupa Safel/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2016 às 14h46.

Última atualização em 28 de outubro de 2016 às 16h43.

Curitiba - Uma tentativa do Movimento Brasil Livre (MBL) de desocupar dois colégios de Curitiba quase termina em briga.

Horas depois de o governo conseguir na Justiça a reintegração de posse de 88 escolas, sendo 25 na capital paranaense, representantes do movimento foram aos Colégios Pedro Macedo e Lysimaco Ferreira da Costa nos bairros Água Verde e Portão e usaram carros de som e pressão para que os estudantes deixassem os colégios.

A Polícia Militar precisou ser chamada para que não houvesse agressões sobre o grupo de estudantes - em sua maioria menores de idade. O governo não comentou a ação do grupo.

A liminar foi concedida a pedido da Procuradoria-Geral do Estado. Na decisão, a juíza Patrícia de Almeida Gomes, da 5ª Vara de Fazenda Pública, estabelece ainda multa no valor de R$ 10 mil ao dia em caso de descumprimento.

No Paraná, havia 860 colégios e 11 universidades ocupadas, segundo o movimento Ocupa Paraná até quinta-feira, 27, e o governo informou no fim da manhã desta sexta-feira, 28, que contabiliza 491 colégios ainda ocupados - 99 foram liberados nas últimas 24 horas.

Pela manhã, o grupo Ocupa UFPR (Universidade Federal do Paraná) anunciou a ocupação do câmpus de Artes e do prédio da Saúde, no Setor de Ciências da Saúde.

MBL

O líder do MBL Éder Borges, chegou a gravar um vídeo ao vivo durante a tentativa de entrar na escola, no Facebook, e informava que o movimento estava desocupando mais "uma escola no Paraná".

O advogado Marcelo Veneri disse que o MBL, ao "tentar por conta própria desrespeita a Justiça, pois o processo de reintegração de posse deve seguir um ritual, acompanhado de todas as autoridades competentes".

O grupo pode ser enquadrado em crimes de desobediência, injúria e difamação.

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