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Matrículas no ensino superior aumentam 85,6% em 10 anos

O ritmo, no entanto, vem caindo desde 2008, quando número de estudantes em cursos superiores cresceu mais de 10% em um ano

Estudante: cursos superiores tecnológicos foram os que mais cresceram (Marcos Santos/USP Imagens)

Estudante: cursos superiores tecnológicos foram os que mais cresceram (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 16h56.

Brasília - O número de matrículas no Ensino Superior alcançou 7,3 milhões em 2013. Em 10 anos, o número de estudantes em cursos superiores cresceu 85,6%.

Esse ritmo, no entanto, vem caindo desde 2008, quando cresceu mais de 10% em um ano.

Entre 2012 e 2013, o aumento foi de apenas 3,9%.

O Censo da Educação Superior, divulgado nesta terça-feira, 09, pelo Ministério da Educação, revela que os cursos superiores tecnológicos, de menor duração e formação mais específica, foram os que mais cresceram.

Nos últimos 10 anos, o número de cursos aumentou mais de 500%, puxado principalmente pelo aumento de vagas na rede privada.

Hoje, 85,6% das matrículas estão em instituições particulares.

A situação é similar nas vagas de graduação em geral. Uma das promessas do Ministério da Educação, ainda no governo Lula, era de manter a proporção de 30% de vagas públicas para 70% de vagas privadas, o que não aconteceu.

Apesar da expansão considerável no número de universidades federais criadas desde 2003, a diferença no número de vagas segue aumentando.

O último censo revela que, hoje, as vagas públicas representam 26% do total - incluindo federais, estaduais e municipais.

Em São Paulo, para cada vaga em universidade pública, existem outras 5,3 em instituições privadas, a maior proporção do país.

A proporção também é alta no Distrito Federal, uma para 4,65. Mas, em todo Brasil, em apenas cinco Estados - Paraíba, Santa Catarina, Pará, Roraima e Tocantins -, há mais matrículas públicas que privadas.

O Censo mostra, ainda, que uma das áreas prioritárias do governo, a das engenharias, conseguiu avançar mais rápido no governo da presidente Dilma Rousseff.

As matrículas nas áreas de Engenharias, Produção e Construção, justamente as que foram avaliadas como as mais necessárias para o país, dada a falta de engenheiros e técnicos, cresceram 52% nos últimos três anos.

O número de concluintes, 29%. Ainda assim, uma comparação feita pelo próprio Ministério da Educação com a média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mostra que o número de estudantes dessas áreas por 10 mil habitantes ainda é bem inferior dos países mais desenvolvidos.

O índice de concluintes por 10 mil, de apenas 4, representa menos da metade.

A segunda área em que houve o maior avanço foi a de educação, com um aumento de 3,53% no número de matrículas por 10 mil habitantes e de 3,1% no índice de concluintes.

Os cursos de pedagogia são ainda os que dominam a área de educação, com 44,5% do número de matrículas.

Em seguida, vem educação física, com 8,9%, e Biologia, Matemática e História, com cerca de 6% cada um.

Os maiores cursos, no entanto, continuam sendo Administração, com 800 mil alunos, e Direito, com 770 mil vagas.

Pedagogia aparece em terceiro lugar e o primeiro da área de engenharias é a Civil, com apenas 3,5% das matrículas do País. Depois, em 10º, engenharia de produção, com 2%.

Atualizado às 16h56.

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