Brasil

Masp recebe proteção de sua área externa

Proteção inclui, além do trecho da Avenida Paulista e dos espaços públicos adjacentes, as áreas verdes na parte posterior da edificação e os lotes laterais do museu


	MASP: maior museu de arte da América Latina, o Masp atrai arquitetos e estudiosos do mundo
 (Divulgação/Embratur)

MASP: maior museu de arte da América Latina, o Masp atrai arquitetos e estudiosos do mundo (Divulgação/Embratur)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 08h40.

São Paulo - Segundo publicação no Diário Oficial do último dia 18, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) de São Paulo aprovou por unanimidade proposta específica de regulamentação para proteção da área envoltória do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Segundo o Condephaat, o Parque Tenente Siqueira Campos (Parque Trianon) está agora incluído no projeto de proteção, além da "via pública que os conecta" (o trecho da Avenida Paulista), e mais os espaços públicos adjacentes, as áreas verdes na parte posterior da edificação e os lotes laterais do museu.

Segundo a reunião do colegiado do Condephaat, a proposta "qualifica a ideia do destaque, ambiência e visibilidade do bem tombado". O processo é o de número 62136/2013. O Masp é tombado pelas três instâncias de patrimônio - o último tombamento foi o federal, em 2003. Mas, desde meados deste ano, novas resoluções dos patrimônios municipal (Conpresp) e estadual (Condephaat) estavam, na prática, acabando com a proteção que delimitava um raio de 300 metros em volta do bem tombado.

A decisão coincide com a nova fase que vive o Masp, que elegeu uma diretoria renovada no dia 17 de setembro e iniciou um processo de profissionalização de sua gestão. Desde então, o museu conseguiu cerca de R$ 15 milhões em doações de pessoas físicas e patrocínios. Também assumiu uma pendência antiga com a Previdência Social, que vinha sendo contestada judicialmente, o que elevou sua dívida em mais R$ 10 milhões. Ainda assim conseguiu, após anos endividado, entrar em 2015 com uma reserva de caixa.

O "choque de gestão", no entanto, teve efeitos colaterais. A partir do próximo ano, o preço do ingresso saltará de R$ 15 para R$ 25. O valor dá direito à visitação de todas as exposições em cartaz, mas torna o museu o mais caro da cidade.

Um outro efeito da nova direção é uma série de demissões no museu, o que incluiu funcionários antigos, de cerca de 20 anos de trabalho na instituição. Segundo o presidente do Masp, Heitor Martins, as saídas de funcionários são naturais. "Nós nomeamos um novo diretor artístico e um novo diretor de operações. Essas pessoas estão montando suas novas equipes. Há uma nova gestão nos quadros também", admitiu.

Maior museu de arte da América Latina, o Masp atrai arquitetos e estudiosos do mundo, dada sua configuração original e seu grande vão livre, de 74 metros quadrados, além do rico acervo, que já foi avaliado em US$ 2 bilhões (na verdade, o valor é incalculável).

O edifício foi projetado por Lina Bo Bardi em 1958, para abrigar o museu criado pelo empresário Assis Chateaubriand na década de 40. Chateaubriand incumbiu Bardi, marido de Lina, de montar o acervo que começou a funcionar em 1947 na sede dos Diários Associados, na Rua 7 de Abril. Bardi comprou obras raras, como por exemplo seis telas de Modigliani. O prédio foi construído por Figueiredo Ferraz e inaugurado em 7 de novembro de 1968 pela rainha Elizabeth II, da Inglaterra.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMaspMetrópoles globaisMuseussao-paulo

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP