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Masp demite 29 funcionários por causa da paralisia das atividades

Os cortes representam cerca de 13% do efetivo que trabalha em um dos mais importantes museus de São Paulo

A paralisia de mais de quatro meses das atividades em virtude da quarentena teria sido um agravante para os cortes do museu (Amanda Perobelli/Reuters)

A paralisia de mais de quatro meses das atividades em virtude da quarentena teria sido um agravante para os cortes do museu (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de julho de 2020 às 22h59.

Última atualização em 20 de julho de 2020 às 22h59.

O Museu de Arte de São Paulo, Masp, fez uma demissão de 29 funcionários, incluindo 21 contratados em regime CLT e outros 8 estagiários, segundo confirmou ao Estadão uma fonte ligada à entidade. Os cortes representam cerca de 13% do efetivo que trabalha em um dos mais importantes museus de São Paulo.

A paralisia de mais de quatro meses das atividades em virtude da quarentena teria sido um agravante para os cortes do museu, que tem parte da receita proveniente da bilheteria, restaurantes e lojinha.

A alta do dólar também tem um impacto na realização das exposições que chegam de fora do país. A agenda das mostras foi organizada para ter entre 2021 e 2022 o tema Histórias do Brasil ainda em 2022 os 100 anos da Semana de Arte Moderna e, em 2023, Histórias Indígenas.

A assessoria de imprensa do Museu envio ao jornal um comunicado em que explica as demissões:

"Frente ao contexto bastante adverso gerado pela pandemia de covid-19, o Museu de Arte de São Paulo tem empenhado todos os esforços na redução de despesas para manter a saúde financeira e operacional da instituição. Diversos museus no Brasil e no exterior estão enfrentando dificuldades semelhantes ao MASP, como perda de receita e de público, cancelamento e adaptações na programação de exposições e cortes de orçamento.

O MASP é um museu privado e tem como fonte de receita suas operações (como ingressos, restaurante, lojas e locação de espaços para eventos e espetáculos), que estão todas paralisadas desde o seu fechamento, há quatro meses. O museu também conta com patrocínios privados que, em um momento em que a economia e as empresas enfrentam dificuldades, sofrem redução.

Tentamos manter preservados todos os postos de trabalho o máximo possível, porém, diante do extenso período em que o museu se encontra fechado e das perspectivas pouco favoráveis de retomada tanto em termos de público como de receita, um corte das despesas com a folha de pessoal tornou-se inevitável. Por isso, o quadro de funcionários foi reduzido em 13% (21 funcionários foram demitidos, de um total de 170 colaboradores).

Com isso, pretendemos ultrapassar esse período desafiador mantendo o equilíbrio orçamentário do MASP com uma programação de exposições e atividades culturais rica e saudável, seguindo nossa missão de manter o museu diverso, inclusivo e plural e voltar a receber o nosso público para experiências transformadoras e acolhedoras."

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