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Governo de SP desobriga o uso de máscara em ambiente aberto; veja data

De acordo com o governo paulista, a medida tem respaldo nas altas taxas de vacinação em todo o estado, que atingiu 74% da população totalmente imunizada

Rua 25 de março, no centro de São Paulo. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Rua 25 de março, no centro de São Paulo. (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 24 de novembro de 2021 às 12h47.

Última atualização em 24 de novembro de 2021 às 13h21.

O governo de São Paulo decidiu desobrigar o uso de máscara em local aberto em todo o estado a partir de 11 de dezembro. De acordo com o governo, a medida tem respaldo nas altas taxas de vacinação em todo o estado, e nos baixos números de internações, mortes e novos casos. O item de segurança continua obrigatório em todos os ambientes fechados, incluindo o transporte público.

De acordo com o dado mais recente do governo paulista, em todo o estado já são mais de 74% da população totalmente vacinada contra a covid-19. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 22,2% no estado, e de 28,2% na Grande São Paulo.

"Quando olhamos a campanha, precisamos fazer a comparação com países com mais de 40 milhões de pessoas. Se compararmos, o estado é o quinto no mundo. Somente na população adulta, são 92% das pessoas totalmente vacinadas", disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Regiane de Paula, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 24.

Ainda segundo ela, o estado vai fazer uma mobilização do dia 1º ao dia 10 de dezembro para que as pessoas com a segunda dose ou a dose de reforço em atraso, possam concluir o esquema. O número de faltosos é de 4,3 milhões de pessoas.

Pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, o estado de São Paulo não registrou mortes causadas pela doença no período de um dia. O fato ocorreu no dia 8 de novembro. Vale lembrar que o dia era uma segunda-feira, que geralmente registra dados mais baixos, pois muitos dados ficam represados no fim de semana. A média diária de óbitos, contabilizada na última semana, está em 72, uma das menores jé registradas.

A segunda maior cidade do país, o Rio de Janeiro, liberou o uso obrigatório de máscara no dia 28 de outubro. A medida é válida apenas para áreas abertas. O Distrito Federal também desobrigou o uso em ambiente aberto.

Como fica a capital paulista?

Desde o início da pandemia, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as cidades têm autonomia na definição de regras sanitárias para controle da covid-19. No dia 10 de novembro, a cidade de São Paulo decidiu manter o uso da máscara obrigatório em todos os espaços públicos, incluindo os abertos, por recomendação da Secretaria Municipal da Saúde.

Na ocasião, a administração municipal disse que faria uma nova avaliação para liberação no início de dezembro, acompanhando planejamento do governo estadual. A expectativa da prefeitura é que a liberação ocorra também no dia 11 de dezembro, desde que a cidade esteja com 95% da população acima de 12 anos vacinada com as duas doses.

No último boletim, divulgado na terça-feira, 23, a cidade tem cobertura vacinal completa de 40% entre os adolescentes, e de 99% entre os adultos.

Carnaval

Várias cidades do interior de São Paulo decidiram cancelar o carnaval, por conta da falta de controle das aglomerações. Segundo o coordenador do Comitê de Saúde do estado, Paulo Menezes, ainda é temerário liberar o evento.

"Nós ainda entendemos que é precoce pensar em multidões na rua, com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses. Temos boas perspectivas, com o avanço da cobertura vacinal, que é exemplo para o mundo. Mas nós não podemos nos enganar que estamos livre da pandemia, o vírus está circulando. Não é momento pensar nas grandes aglomerações do carnaval", disse Menezes em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

Em entrevista exclusiva à EXAME, no fim de outubro, o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que a cidade planeja o carnaval, mas ainda depende do aval da saúde.

“A vacina mudou o contexto da pandemia na cidade de São Paulo e está salvando a economia. Dentro do quadro que temos hoje, não teria motivos para não ter o réveillon e o carnaval em São Paulo. Estamos caminhando a cada dia que passa para números mais confortáveis”, disse o prefeito.

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