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Marun: Temer usará Páscoa para decidir sobre reforma ministerial

Ao ser questionado sobre a indicação de Eduardo Guardia para a Fazenda, Marun reiterou que não há nenhuma definição de nomes

Carlos Marun: "Sou um homem de palavra, permanecerei no governo, não disputarei as próximas eleições" (Agência Brasil/Agência Brasil)

Carlos Marun: "Sou um homem de palavra, permanecerei no governo, não disputarei as próximas eleições" (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 20h53.

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quarta-feira, 28, que o presidente Michel Temer usará o feriado de Páscoa para tomar as decisões sobre a reforma ministerial. "Temer está fazendo as últimas avaliações para tomar decisões definitivas", disse o ministro em entrevista no Palácio do Planalto.

Marun disse que "até agora, nenhuma decisão definitiva foi tomada". Segundo o titular da Secretaria de Governo, nenhum partido é dono de cargos no governo, mas Temer aceita sugestões.

Ao ser questionado sobre a indicação de Eduardo Guardia, secretário-executivo da Fazenda, para suceder o ministro Henrique Meirelles, Marun reiterou que não há nenhuma definição de nomes.

O ministro ainda afirmou que outro dos nomes cotados para a sucessão de Meirelles, o ministro Dyogo Oliveira, só deixará o Ministério do Planejamento se ele mesmo desejar.

Marun disse que, apesar da troca de comando no Ministério da Fazenda, as equipes econômicas permanecerão no governo. O ministro também disse que, neste momento, o governo não condiciona a permanência dos partidos à frente de ministérios a um apoio à candidatura do presidente à reeleição.

Deputado licenciado do MDB do Mato Grosso, Marun disse que abriu mão de disputar as eleições a pedido do presidente: "Sou um homem de palavra, permanecerei no governo, não disputarei as próximas eleições". Ele confirmou que seu chefe de gabinete, Carlos Henrique Sobral, é um dos cotados com apoio do MDB para assumir o ministério do Turismo, entre outros nomes.

Celulares

O ministro negou ter informações sobre o andamento da investigação solicitada à Polícia Federal no caso da clonagem dos telefones celulares dele e dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social). Para Marun, "delinquentes" atuaram intencionalmente em telefones que são "quase públicos", porque muitas pessoas se comunicam com os ministros. "É difícil que seja só coincidência", afirmou.

Segundo o ministro, um amigo dele chegou a atender a um pedido de remessa de dinheiro do criminoso que clonou o celular e transferiu R$ 3,8 mil.

Escalado pelo governo Temer para o embate público com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, responsável por inquérito contra Temer, Marun disse não apresentará um pedido de impeachment do magistrado na próxima sessão do Congresso Nacional.

Caravana

Marun afirmou ainda que "não existe risco" à realização das eleições no País, em outubro, depois da caravana de pré-campanha do ex-presidente Lula ter sido atingida por tiros no Paraná. "Repudiamos de forma absoluta o que aconteceu", disse.

O ministro disse que o governo Michel Temer ofereceu ajuda da Polícia Federal para auxiliar nas investigações, mas que ainda não obteve resposta do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

Marun disse que o governo confia no trabalho das forças de segurança do Paraná e que a PF poderá apenas colaborar.

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