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Marun: governo trabalha com cenário mais positivo para reforma

Segundo o ministro, a mudança acontece porque os parlamentares, antes preocupados com o impacto eleitoral, veem mudança no clima em suas bases

Marun: "O que vejo como mudança concreta e positiva é o aumento do nível de informação das pessoas" (Luis Macedo/Agência Câmara)

Marun: "O que vejo como mudança concreta e positiva é o aumento do nível de informação das pessoas" (Luis Macedo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 18h00.

São Paulo - O governo trabalha com um cenário mais positivo para a aprovação da reforma da Previdência após o fim do recesso do que o registrado em dezembro, afirmou nesta terça-feira, 16, o ministro do Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS). Segundo o peemedebista, a mudança acontece porque os parlamentares, antes preocupados com o impacto eleitoral de um voto favorável à reforma, veem agora o clima em suas bases mudar favoravelmente.

"O que vejo como mudança concreta e positiva é o aumento do nível de informação das pessoas em relação à reforma. Os parlamentares tinham preocupação com possíveis reflexos eleitorais, mas, ao contrário do que muitos pensavam, ao chegarem em suas bases, foram recebidos com manifestações consistentes pró-reforma", afirmou Marun, que almoçou com lideranças empresariais na sede da Fiesp, na capital paulista.

Marun não quis revelar o número de votos que contabiliza em favor do projeto, lembrando que Brasília ainda está esvaziada por conta do recesso parlamentar, mas que isso deve acontecer à medida que os deputados voltem de suas bases. "Estamos avançando ainda na conquista dos votos. Ainda não estamos preocupados com a contagem", reiterou, acrescentando que o governo não cogita adiar a votação da reforma em fevereiro. "Nós não temos plano B, o plano é colocar a votação da Previdência nos dias 19 a 21. Esse é o pensamento do presidente Rodrigo Maia."

A visita de Marun faz parte de uma ofensiva do Planalto para tentar aprovar a reforma da Previdência. O presidente Michel Temer quer intensificar a agenda de entrevistas e encontros com lideranças evangélicas nas semanas de recesso parlamentar que restam.

Nesta terça-feira, 16, pela manhã, ele recebeu o apresentador Amaury Jr. no Palácio da Alvorada, para uma entrevista que vai ao ar no dia 27, e depois estará em São Paulo na quinta-feira gravar participações em programas do SBT.

O peemedebista também se reuniu na segunda-feira com o pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Reino de Deus, e tem encontro nesta terça com o pastor José Wellington, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Paulo.

O presidente pediu também para que ministros intensifiquem o corpo a corpo com empresários. Depois da Fiesp, Marun se reúne nesta quarta-feira com industriais mineiros na Fiemg e volta a São Paulo no domingo para mais um encontro com empresários.

Questionado sobre se o impacto eleitoral da reforma continua atrapalhando os planos do governo, Marun lembrou que este não é um problema apenas do presidente Temer. "Minha preocupação é alguém se eleger mentindo que a reforma não é necessária e assumir sabendo que em 2019 ou 2020 vai ter que voltar ao tema."

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