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Marta é aplaudida de pé na ONU após discurso por igualdade de gênero

Jogadora brasileira é uma das quatro embaixadoras do esporte na ONU em defesa da igualdade de gênero

Marta: jogadora brasileira é Embaixadora das Nações Unidas da Boa Vontade de Mulheres e Meninas no esporte (Kevin C. Cox/Getty Images)

Marta: jogadora brasileira é Embaixadora das Nações Unidas da Boa Vontade de Mulheres e Meninas no esporte (Kevin C. Cox/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2019 às 10h19.

Última atualização em 20 de março de 2019 às 10h20.

Nova York - Embaixadora das Nações Unidas (ONU) da Boa Vontade de Mulheres e Meninas no esporte, a brasileira Marta, seis vezes eleita pela Fifa como a melhor jogadora de futebol do mundo, participou na noite de terça-feira de uma premiação organizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em Nova York, nos Estados Unidos, destinada a atletas femininas que se destacam neste universo. Ela ressaltou que o esporte é uma ferramenta eficiente para conquistar a igualdade de gênero.

"O esporte é uma ferramenta muito poderosa para alcançar a igualdade de gênero", disse a brasileira. "No Brasil, meninas que passaram pelo programa One Win Leads Another, um programa conjunto entre a Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres e o COI, transformaram suas vidas e mudaram a realidade em torno delas. Temos histórias de meninas que completaram o programa e agora estão jogando em equipes profissionais".

Marta é uma das quatro embaixadoras do esporte na ONU em defesa da igualdade de gênero. Após um discurso emocionado como convidada de honra da organização, ela foi aplaudida pelos presentes (cerca de 250 pessoas) na cerimônia de premiação. "Estamos globalmente comprometidos em alcançar a igualdade de gênero até 2030. Há muito a ser feito em tão pouco tempo", afirmou a atleta.

Emocionada, Marta lembrou no seu discurso de sua origem humilde em uma cidade (Dois Riachos) com 11 mil habitantes, no interior de Alagoas, e as dificuldades pelas quais passou. Ela ressaltou que a discriminação e a ausência de chances a incomodaram. "Preconceito e falta de oportunidades me magoaram muitas vezes ao longo do caminho. Doeu quando os meninos não me deixaram jogar, doeu quando treinadores adultos de times adversários me tiraram de campeonatos porque eu era uma menina", revelou.

Anualmente, o COI promove na sede da ONU o COI Women and Sport Trophy, que premia instituições e pessoas que contribuem na luta das mulheres por igualdade de gênero no esporte. Seis troféus foram dados a confederações e personalidades anônimas do grande público internacional, mas que possuem grande importância na caminhada para o equilíbrio entre homens e mulheres no esporte.

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