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Marta diz que candidatura Haddad ganha força em SP

"Tudo indica que vai ser o Haddad", afirmou a senadora, em entrevista na sede do Diretório Nacional do PT, na capital paulista

Marta contou que ficou muito sensibilizada com os apelos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)

Marta contou que ficou muito sensibilizada com os apelos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h22.

São Paulo - Ao anunciar hoje sua saída da disputa petista pela Prefeitura de São Paulo, a senadora Marta Suplicy admitiu que o nome do ministro da Educação, Fernando Haddad, ganha força e que, embora não tenha definido quem apoiará em uma eventual prévia do partido, estará ao lado de quem for o escolhido para concorrer à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). "Tudo indica que vai ser o Haddad", afirmou a senadora, em entrevista na sede do Diretório Nacional do PT, na capital paulista. "A candidatura que o PT escolher eu vou me dedicar", completou, visivelmente emocionada.

Marta contou que ficou muito sensibilizada com os apelos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu não teria condição de dizer não. É de coração que eu estou saindo dessa disputa", disse. Ela também negou que na conversa da última segunda-feira com a presidente Dilma tenha sido abordada a inclusão de seu nome no rol dos ministeriáveis de uma eventual troca de ministros. "Nunca entraria neste tipo de conversa com ela", respondeu.

Segundo a parlamentar, o primeiro a ser informado de sua desistência foi o ex-presidente Lula, com quem conversou nesta manhã por telefone. "Ele está com uma voz ótima", destacou. Ela contou que o ex-presidente está ansioso para voltar ao trabalho no Instituto Lula e que a convidou para almoçar na próxima semana.

Em 17 minutos de entrevista, a senadora afirmou que tinha muita vontade de disputar a Prefeitura da capital paulista, e "de voltar a ser prefeita da minha cidade, de recomeçar o que eu queria e não consegui fazer", mas que abriu mão porque chegou à conclusão de que a prévia dentro do partido, com seu nome concorrendo à indicação dos petistas, seria danosa para a sigla. "Não tem porque ir para um enfrentamento, ia estraçalhar a nossa militância. E uma prévia é uma prévia", avaliou Marta.


A senadora ressaltou o espírito aguerrido dos militantes do PT e que levou em consideração sua personalidade forte e combativa na decisão que tomou. "Eu sabia que se eu entrasse, ganhando ou perdendo, todos perderiam. Eu tenho um partido e quero que ele chegue à Prefeitura de São Paulo", afirmou. "Não seria muito produtivo (entrar na disputa), não seria um debate que valeria a pena", considerou.

Embora não tenha recebido o apoio de nenhum dos 11 vereadores paulistanos em favor da sua candidatura, Marta disse que o apoio das militâncias regionais era o que dava forças para ela seguir na disputa. "Foi isso que me deu sustentação", relatou. A parlamentar afirmou que agora vai se dedicar ao Senado, como "um soldado" do partido. "A minha ida para o Senado é a coisa certa (a se fazer) e o pedido deles (Dilma e Lula) é irrecusável."

Marta não deixou claro o que pensa sobre a manutenção das prévias, marcadas para o próximo dia 27 e afirmou que ainda não conversou com nenhum dos outros pré-candidatos - os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy, além de Haddad - sobre uma eventual declaração de apoio.

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