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Marketing foi supervalorizado nas campanhas, diz Toffoli

Para o presidente do TSE, campanhas deixaram de lado assuntos de interesse do País como economia, segurança pública e política externa


	O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Antonio Dias Toffoli
 (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Antonio Dias Toffoli (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 20h15.

Brasília - Às vésperas da eleição, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, diz que o marketing político foi "supervalorizado" nesta campanha, deixando de lado assuntos de interesse do País como economia, segurança pública e política externa.

O marketing começa a prevalecer cada vez mais sobre o conteúdo, entende o ministro.

"Como cidadão, o que esperamos, é que nos debates os candidatos apresentem suas opiniões, propostas, debatam a sociedade, ao invés de ficarem dentro de um 'modelito' feito pelos marqueteiros", criticou.

Toffoli foi um dos defensores da adoção de uma postura mais rigorosa com as campanhas eleitorais no segundo turno, para forçar os candidatos a deixarem os "ataques de baixo nível" de lado.

"Qual vai ser a política externa do candidato A ou do candidato B? Eu não vi isso ser apresentado".

Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente do TSE defendeu o barateamento das campanhas eleitorais, a discussão da metodologia das pesquisas e afirmou que a Corte pretende editar súmulas para fazer o entendimento destas eleições valer daqui para frente.

Melhoria

O ministro disse ter percebido melhoras qualitativas, do ponto de vista programático, nas propagandas. Mas segundo ele, é preciso repensar o horário eleitoral gratuito.

"O que menos aparece, às vezes, é o candidato. Se fosse fazer uma análise de todas as campanhas, o marketing começa a prevalecer cada vez mais sobre o conteúdo", afirmou.

Toffoli avaliou o fato de o tribunal historicamente sempre ter uma certa tolerância quando o nível dos ataques entre os candidatos se dá em proporção pequena.

"Mas o que ocorreu a partir do segundo turno foi uma tentativa de se fazer uma campanha do vote no menos pior, em vez de fazer a campanha positiva, do vote no melhor. No primeiro turno não houve ataques como houve no segundo turno. Pelo menos, essa é a leitura que eu faço", argumentou.

Segundo ele, o TSE poderá editar súmulas e já realiza estudos para depois do segundo turno sumular as teses que prevaleceram ao longo das eleições.

Desse modo será possível, pensa o ministro, dar maior segurança de orientação na interpretação das leis para toda a Justiça Eleitoral.

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