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Marisa Letícia faz horta e leva festa para sítio em Atibaia

A ex-primeira dama plantou árvores frutíferas, fez uma horta e cria patos no sítio, que, no papel, está em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna


	Marisa Letícia: a ex-primeira dama plantou árvores frutíferas, fez uma horta e cria patos no sítio, que, no papel, está em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna
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Marisa Letícia: a ex-primeira dama plantou árvores frutíferas, fez uma horta e cria patos no sítio, que, no papel, está em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna (.)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2016 às 09h41.

Brasília - Frequentadores do Sítio Santa Bárbara em Atibaia (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia, também fizeram benfeitorias no local.

A ex-primeira dama plantou árvores frutíferas, fez uma horta e cria patos na propriedade, que, no papel, está em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios do filho mais velho do petista, Fábio Luís, o Lulinha.

Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, Marisa também transferiu para o sítio em Atibaia as festas juninas que costumava fazer na Granja do Torto, residência de campo dos presidentes da República, quando ocupava o cargo de primeira-dama.

A lista de convidados costuma ser feita por ela. Lula já confirmou por meio de sua assessoria que ele e sua família frequentam o sítio, mas nega que seja o real proprietário da propriedade de 173 mil metros quadrados.

A Operação Lava Jato e o Ministério Público de São Paulo investigam por que razão a construtora OAS comprou móveis e pagou reforma no local e, ainda, se a Odebrecht ou outras empreiteiras também envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras investiram na área rural.

Há suspeitas de que as benfeitorias seriam para atender à família do ex-presidente.

As obras foram iniciadas em 2010, quando Lula ainda ocupava o Palácio do Planalto. Como ocupante do cargo, o petista estava impedido de receber presentes acima de R$ 100.

O Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos em Exercício da Presidência e Vice-Presidência da República diz que "os presentes que, por qualquer razão, não possam ser recusados ou devolvidos sem ônus para o agente público serão incorporados ao patrimônio da Presidência da República ou destinados a entidade de caráter cultural ou filantrópico".

Segundo uma pessoa que já frequentou o sítio na companhia de Lula, a propriedade "é a cara da dona Marisa", fato que justifica a presença constante do casal no local.

"Ela gosta muito desse sítio. Lá tem pato, ela gosta de plantar, fez uma horta. Tem gente que gosta de ir para a praia, ela gosta de ir para o campo. O fato de a pessoa ir toda semana no Guarujá não significa que a pessoa seja dona da praia", afirmou, sob a condição de anonimato.

O ex-presidente e dona Marisa possuem um sítio registrado no nome do casal chamado "Los Fubangos", em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, às margens da represa Billings.

Eles não frequentariam mais o local pela falta de segurança e devido a condições desfavoráveis ao cultivo.

"Ali não dá para plantar um pé de fruta", disse um interlocutor de Lula.

Petistas têm procurado minimizar o uso regular de Lula e sua família de um imóvel que não está no nome dele.

"O Fernando Bittar é como um parente do Lula, muito próximo. Lula trata ele como se fosse um filho. Ele é um empresário bem sucedido e emprestava o sítio para o Lula. Não significa que era do Lula. Os meninos (donos do sítio) sempre convidaram Lula para ir lá", disse José Américo, secretário de Relações Governamentais da gestão Fernando Haddad e ex-secretário de comunicação do PT.

Procurado ontem pelo Estado, o Instituto Lula reiterou nota publicada em 29 de janeiro, na qual afirma que a propriedade é de amigos da família de Lula, e que ele o frequenta "em dias de descanso" desde o fim do último mandato como presidente.

"A tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente", diz o comunicado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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