Ex-senadora Marina Silva: "quando alguém fica muito preocupado de dizer que é semelhante é porque sabe que é diferente", disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 18h35.
Brasília - A ex-senadora Marina Silva voltou nesta sexta-feira a criticar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Em encontro com a juventude do Rede Sustentabilidade, a pré-candidata a vice na chapa PSB/Rede ressaltou que o tucano é diferente de Eduardo Campos (PSB), apesar das suas tentativas de se mostrar semelhante.
"Quando alguém fica muito preocupado de dizer que é semelhante é porque sabe que é diferente", disse.
Em palestras e eventos pelo País, Aécio tem feito elogios a Campos. Na primeira semana de maio, por exemplo, o senador chegou a dizer que não consegue ver o socialista como adversário e que, em 2015, poderia estar junto de Campos e Marina num processo de construção do País.
Enquanto o pernambucano evita criar atritos com Aécio, Marina tem cumprido o papel de deixar recados para o candidato tucano. Na última semana, ela já havia dito que o PSDB "tem cheiro de derrota no segundo turno".
No encontro de hoje, a pré-candidata ressaltou que é importante que haja uma diversidade de propostas na campanha eleitoral. "Em uma eleição em dois turnos, ninguém pode tratar nenhuma das candidaturas como linha auxiliar da sua", disse.
Perguntada sobre o tema da campanha de rádio e televisão do Partido dos Trabalhadores, que passou a ser veiculada nesta semana e apresenta o discurso do medo para enfraquecer os candidatos oposicionistas, Marina disse que é evidente a insatisfação da população com o atual governo e considerou "um desserviço trazer algo ainda mais negativo, que é o medo".
Ela lembrou que a estratégia já foi usada no passado contra o próprio PT, antes de Lula se tornar presidente. Depois da vitória em 2002, Lula usou a frase "a esperança venceu o medo".
"Eu não acredito que a esperança possa vencer o medo novamente, porque a esperança já venceu o medo. Convencemos as pessoas de que aquilo que é conquistado não é um favor, é um direito", disse.