Marina Silva no lançamento de seu novo partido: sigla sofre com a demora dos cartórios eleitorais (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 09h52.
São Paulo - Faltando apenas dois meses para o prazo final para conseguir o registro de seu novo partido Rede Sustentabilidade, Marina Silva resolveu pressionar a Justiça Eleitoral em suas instâncias superiores para garantir a formalização da sigla.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira, o novo partido da ex-senadora solicitou nesta segunda-feira uma reunião com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Carmem Lúcia, para tratar dos atrasos na validação de assinaturas.
Na corrida eleitoral, Marina Silva aparece em segundo lugar na pesquisa Datafolha divulgada no último domingo, com 26% das intenções de voto. No entanto, para que possa se candidatar pela Rede, o partido precisa conseguir a formalização até o início de outubro.
Segundo a reportagem, a sigla vem sofrendo com a demora dos cartórios eleitorais para certificar as 491 mil assinaturas necessárias. O partido alega já ter encaminhado 553 mil assinaturas aos postos. Dessas, 150 mil não foram analisadas dentro do prazo de 15 dias estabelecido pela lei.
Dessa forma, a Rede tenta transferir às instâncias superiores da Justiça Eleitoral a responsabilidade pelo atraso dos cartórios. Além disso, na audiência solicitada, o partido pretende cobrar da ministra que pressione as instâncias inferiores o cumprimento dos prazos estabelecidos e questionar o não cumprimento de outros pontos da Lei Eleitoral.
Depois da validação das assinaturas e de obter o registro em nove Estados, o partido precisa ainda solicitar ao TSE o registro definitivo, o que pode levar até 45 dias. Como o prazo está apertado, a Rede decidiu que se até a semana que vem os cartórios eleitorais não analisarem as fichas de apoio enviadas pela sigla, irá solicitar seu registro mesmo sem essa formalização, apenas com o protocolo que confirma a entrega dos apoiamentos.