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Marina Silva diz que Temer "não está em condições de governar"

As críticas ocorrem após a revelação de que Temer teria dado aval para que a JBS comprasse o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha

Marina Silva: "Não podemos ficar esperando pela consciência de quem já deixou a crise ir para o patamar em que chegou", disse (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Marina Silva: "Não podemos ficar esperando pela consciência de quem já deixou a crise ir para o patamar em que chegou", disse (Elza Fiuza/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 09h02.

Última atualização em 18 de maio de 2017 às 10h01.

São Paulo, 18 - A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, líder da Rede Sustentabilidade, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais na madrugada desta quinta-feira, 18, que o presidente Michel Temer "não está em condições de governar o Brasil".

Marina diz que a crise política está se agravando "de forma dramática" e que o País está em "estado de choque" com as denúncias. "O que aconteceu é que, mais uma vez, sabotaram os fundamentos da República e da democracia."

As críticas ocorrem após a revelação de que Temer teria dado aval para que a JBS comprasse o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato. A informação foi divulgada na quarta-feira, 17, pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim. O Planalto nega a acusação.

A líder da Rede afirma, no vídeo, que o Congresso Nacional deveria aprovar a emenda à Constituição apresentada pelo deputado Miro Teixeira (Rede) que possibilita a realização de eleição direta em caso de queda de Temer - pela atual regra, a escolha do novo chefe do Executivo se daria por via indireta. "Para que a sociedade faça a escolha daquele que, com base em um programa, poderá fazer a transição neste difícil momento que estamos atravessando."

Marina descarta a possibilidade de se aguardar pela renúncia de Temer. "Não podemos ficar esperando pela consciência de quem já deixou a crise ir para o patamar em que chegou", disse.

No vídeo, a ex-ministra não faz menção ao senador Aécio Neves (PSDB), que teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões para o empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na eleição de 2014, Marina declarou apoio ao tucano no segundo turno.

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