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Marina Silva diz que decidirá antes do carnaval se será candidata

Marina disse que política é um serviço e que quer estar onde possa servir o País, "sem polarização PT-PSDB-PMDB"

Marina Silva: ela disse que é cedo para fechar o "funil" entre o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na disputa (MSILVA Online/Divulgação)

Marina Silva: ela disse que é cedo para fechar o "funil" entre o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na disputa (MSILVA Online/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 16h03.

São Paulo - A ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade-AC) afirmou nesta segunda-feira, 27, em São Paulo, que decidirá antes do carnaval se será candidata a presidente. Marina afirmou que, no momento, fecha um "ciclo de reflexões" para tomar a decisão. Ela participou do evento Amarelas ao Vivo, promovido pela revista Veja.

Marina disse que política é um serviço e que quer estar onde possa servir o País, "sem polarização PT-PSDB-PMDB".

A ex-senadora da Rede Sustentabilidade do Acre disse ainda que é muito cedo para fechar o "funil" entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na disputa presidencial.

Marina declarou que, em vez de dizer quem apoia entre os dois líderes das pesquisas, defende o fim da polarização.

Ao comentar as acusações contra o presidente nacional licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), Marina sustentou que, se as investigações tivessem avançado antes, não o teria apoiado para a presidente da República, no segundo turno das eleições de 2014. "Eu e a Rede pedimos a cassação do mandato do senador", prosseguiu.

De acordo com a ex-senadora, ela não deu apoio a Aécio, mas à chamada "Carta de Pernambuco". Na ocasião, ele divulgou uma carta com inspiração nas condições da ex-senadora da Rede para que o apoiasse no segundo turno da eleição presidencial de 2014. O texto prometia a adoção de uma política ambiental sustentável e ensino integral.

Avião

A ex-senadora falou também sobre as denúncias a respeito da propriedade do avião que transportava o então candidato a presidente Eduardo Campos, que caiu em Santos, no litoral de São Paulo, e que causou a morte dos ocupantes, entre eles, o ex-governador de Pernambuco. O arrendamento do aparelho Cessna Citation PR-AFA é investigado pela Operação Turbulência. "A Rede não está acima do bem e do mal", acentuou, sem entrar em detalhes.

Marina acrescentou que não tem nenhum processo contra ela porque suas "gestões foram republicanas". A ex-senadora e ex-ministra admitiu ainda que seu maior erro na política foi ter apoiado a reeleição. "Ali, tinha dinheiro de caixa 2", alegou. "Temos pessoas honestas em todos os partidos. Foram os partidos que se perderam", afirmou. De acordo com Marina, Justiça não é vingança e, sim, um "ato de reparação".

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