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Marina reafirma compromisso com reforma tributária

Segundo a candidato do PSB, a reforma deve ser colocada em prática logo no início de um eventual governo


	Marina Silva: ela apontou, porém, que não poderá fazer isso sem apoio do Congresso
 (Sergio Moraes/Reuters)

Marina Silva: ela apontou, porém, que não poderá fazer isso sem apoio do Congresso (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 11h50.

São Paulo - A candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva,reafirmou nesta terça-feira a empresários, em evento coordenado pela Endeavor, seu compromisso com uma reforma tributária logo no início de um eventual governo.

Ela apontou, no entanto, que não poderá fazer isso sem apoio do Congresso Nacional, a ser renovado pelos eleitores. "Quem vai fazer a reforma não vai ser o presidente da República", afirmou.

Marina disse que tem sido criticada por "estar contra os partidos", mas defendeu que, ao contrário, suas propostas fortalecem a política e as legendas. "Quem enfraquece os partidos é quem quer ter um pedaço do Estado para chamar de seu", afirmou.

A candidata também reafirmou seu compromisso de uma agenda para quatro anos de governo, com a promessa de não concorrer a uma eventual reeleição em 2018. Falou ainda sobre propostas de ampliar a matriz energética, com fontes renováveis, dentro da proposta do desenvolvimento sustentável.

A pessebista voltou a reclamar dos ataques dos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Marina os acusou de não apresentarem seus programas de governo e disse que eles se dedicam a críticas ao seu.

A candidata disse que as críticas de que seria contra o pré-sal são reflexo da "pobreza da dualidade opositiva" na política brasileira, em que, segundo ela, só existe ser a favor ou contra determinado tema.

A candidata recorreu a seu lema de 2010, "O Brasil que temos e o Brasil que queremos", durante sua apresentação inicial aos empresários, para reiterar sua proposta de manter as conquistas dos governos recentes.

Destacou, como de costume, a democratização, a estabilização econômica e a inclusão social como conquistas que devem ser "institucionalizadas" e incorporadas como ganhos da sociedade brasileira.

Marina falou ainda do seu histórico nessas eleições, do impedimento da criação do partido Rede Sustentabilidade e da parceria com Eduardo Campos. E teceu as tradicionais críticas ao modelo político atual do Brasil.

Bastante rouca, no início do evento Marina também se desculpou pelo atraso de mais de uma hora no evento, alegando que teve uma agenda de candidata bastante intensa nos últimos dias.

Encargos

Marina Silva falou ainda sobre a necessidade de simplificar encargos trabalhistas. Questionada por uma empresária, durante evento que discute o empreendedorismo, Marina disse que é um tema a ser trabalhado na reforma tributária, mas que sua equipe também discute a questão das leis trabalhistas no Brasil.

"É uma realidade complicada, que não está resolvida ainda na nossa aliança", admitiu, sem responder diretamente à pergunta. Segundo a candidata, a proposta de sua coligação é achar caminhos para simplificar os encargos sem perder direitos trabalhistas conquistados ao longo da história brasileira.

Meio ambiente

A candidata disse também sonhar com um País em que não seja mais necessário ter o Ministério do Meio Ambiente. Para ela, a questão idealmente deve ser internalizada por todas as áreas do governo e da sociedade.

Questionada sobre casos de demora para liberação de licensas ambientais, Marina disse que é preciso ganhar agilidade, mas sem necessariamente estabelecer prazos. Segundo ela, a determinação de prazos pode prejudicar o processo de licenciamentos mais delicados.

Ela defendeu que o Estado pode ter um papel mobilizador para iniciativas empreendedoras no Brasil. A candidata citou exemplos ao redor do mundo que chegaram a se tornar empreendimentos lucrativos nas áreas de atendimento em saúde e educação.

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