Brasil

Marina é FHC de saias, diz líder do PT no Senado

Humberto Costa acusou Marina de agir como um "pêndulo", que se bandeia para um lado e outro

Senador Humberto Costa (PT-PE) durante discurso no plenário do Senado Federal (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Senador Humberto Costa (PT-PE) durante discurso no plenário do Senado Federal (Waldemir Barreto/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 20h28.

Brasília - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez nesta terça-feira um duro discurso no qual chamou a candidata do PSB à Presidência e ex-colega de partido, Marina Silva, de um "FHC de saias".

O petista acusou Marina de agir como um "pêndulo", que se bandeia para um lado e outro, e que "vai baixar a cabeça ao mercado financeiro, deixando a política neoliberal novamente aumentar juros e voltar a inflação".

"A proposta de Marina é deixar que a mão do mercado regule tudo. É dar autonomia total ao Banco Central, coisa que nem o Fernando Henrique deu. Ela, agora, propõe deixar que os tecnocratas assumam as rédeas do país. É dar prioridade à inflação mínima, como aconteceu no governo passado, chegando a 45%", criticou Costa, em discurso da tribuna do Senado.

Para o petista, Marina é uma alegoria criada para ser vendida como novidade, mas tal alegoria "se travestia de velhas políticas". Ele criticou o que considera de alianças eleitorais de conveniência e disse que as "raposas" estão lá.

Citou o apoio de Paulo Bornhausen, candidato ao Senado pelo PSB e filho do ex-senador Jorge Bornhausen, crítico contumaz do PT.

No pronunciamento, Humberto Costa, que também é coordenador da campanha à reeleição de Dilma Rousseff em Pernambuco, explorou as incongruências de Marina.

Disse que ela não aceita doações de empresas da indústria de armas enquanto o tesoureiro do PSB, Márcio França, não faz qualquer restrições a repasses.

Destacou que ela não conseguiu criar seu próprio partido, o Rede Sustentabilidade, e não tem o controle da legenda que a hospeda provisoriamente, o PSB.

"Que controle teria ela sobre um eventual governo? O que quero chamar atenção é para o risco dessas incongruências, a prática de pregar uma coisa e fazer outra. Essa atitude política camaleônica que não se sabe, de fato, o que esconde. É uma política errática, sem lado", disse, ao ironizar que até um vereador de Goiás conseguiu construir um partido nacional - numa referência indireta a Eurípedes Junior, presidente do PROS.

O petista disse que Marina, se vencer, não teria "ninguém para governar".

"Não teria base nesse Congresso, não teria aliados", afirmou. "O governo usaria a população como instrumento de pressão sobre o Legislativo. Transformar isso em forma de governabilidade é um equívoco absoluto", afirmou.

Costa criticou ainda a política de alianças, citando que, por um lado, recrimina apoio do PSB, mas o tesoureiro do partido é candidato a vice do governador tucano, Geraldo Alckmin, assim como ela recrimina o PT, mas no Rio seu partido apoio a candidatura ao governo de Lindbergh Farias.

E destacou que o programa de governo de Marina é a "síntese dessas contradições", ao citar que o conjunto de promessas não aguentou 24 horas em pé.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEleiçõesEleições 2014Marina SilvaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSB – Partido Socialista BrasileiroPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR