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Marina e aliados devem decidir posição sobre 2º turno até 5ª

Nesta segunda-feira, Marina telefonou para Aécio e para a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, para cumprimentá-los pela vitória


	Marina Silva: Marina deve ouvir seu grupo político até quarta-feira para tomar uma decisão sobre o apoio no segundo turno
 (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva: Marina deve ouvir seu grupo político até quarta-feira para tomar uma decisão sobre o apoio no segundo turno (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 14h29.

Brasília - A candidata à Presidência Marina Silva (PSB), derrotada no primeiro turno, e os partidos de sua aliança devem tomar até quinta-feira uma decisão sobre a posição que vão adotar na segunda rodada da eleição, em meio à pressão de alguns aliados para que ela apóie o candidato do PSDB, Aécio Neves.

Nesta segunda-feira, Marina telefonou para Aécio e para a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, para cumprimentá-los pela vitória, mas não tratou de apoios no segundo turno, que será realizado dia 26, garantiu um estrategista da campanha do PSB à Reuters. "Ela os saudou pela vitória e disse que espera que eles façam uma disputa que enobreça a democracia no Brasil", disse essa fonte da campanha.

Marina deve ouvir seu grupo político até quarta-feira para tomar uma decisão sobre o apoio no segundo turno. O PPS também fará uma reunião para definir o caminho que o partido deve seguir na disputa, mas o presidente da legenda, deputado Roberto Freira (SP), já disse que a tendência é apoiar Aécio.

O PSB fará uma reunião da comissão executiva do partido na quarta-feira e no mesmo dia ou na quinta-feira haverá um encontro com todos os partidos da coligação para tentar uma posição conjunta. Integram a coligação, além de PSB e PPS, PPL, PRP, PHS e PSL.

O candidato a vice na chapa com Marina, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que a aliança tem que tentar uma posição conjunta para levar adiante as propostas do programa de governo.

"Nós temos que tentar ficar unidos", disse ele. Não é uma tarefa fácil, principalmente para o PSB, que esteve aliado ao PT durante muito tempo e há dirigentes que preferem apoiar Dilma Rousseff.

Albuquerque, entretanto, já deixou claro que não pretende apoiar o PT devido à campanha de ataques lançada contra ele e Marina na disputa do primeiro turno. "Eu tenho insistido com a Marina que precisamos ter uma posição. Não podemos ficar omissos, sendo apenas uma rejeição aos outros dois candidatos", disse Albuquerque à Reuters. Segundo ele, Marina está sensível a essa argumento.

Albuquerque, porém, não quis assegurar uma tendência de apoio ao PSDB no segundo turno. "Eu só acho que o meu partido não pode esquecer de olhar para aqueles que o representaram na campanha e aceitar os ataques", afirmou. "A democracia pressupõe alternância de poder. Já temos um partido há 12 anos no comando do país", afirmou indicando que o PSB deveria apoiar os tucanos no segundo turno.

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