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Marina diz que, se eleita, governará com os "melhores" de cada partido

Por esse sistema, segundo ela, as alianças serão decididas com base nas propostas e será uma estratégia para driblar o tamanho diminuto de seu partido

Marina Silva: "Nem todo mundo do PT é ladrão, nem todo mundo do PSDB cometeu os atos do Aécio, nem todo mundo do PMDB é ruim" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marina Silva: "Nem todo mundo do PT é ladrão, nem todo mundo do PSDB cometeu os atos do Aécio, nem todo mundo do PMDB é ruim" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2018 às 16h36.

Última atualização em 27 de abril de 2018 às 18h47.

São Paulo - A ex-ministra Marina Silva, pré-candidata da Rede à Presidência, afirmou nesta sexta-feira, 27, que, caso eleita, pretende governar com os "melhores" de cada partido, num sistema que chamou de "presidencialismo de proposição", repetindo o discurso que adotou durante toda a campanha presidencial de 2014.

Por esse sistema, segundo ela, as alianças serão decididas com base nas propostas e será uma estratégia para driblar o tamanho diminuto de seu partido, na hora de enfrentar grandes votações no Congresso.

"A gente tem que perguntar como governos que tinham enorme maioria no Congresso nunca conseguiram governar", disse a ex-senadora quando questionada por um dos presentes como pretende lidar com a questão. Com três deputados e um senador, o partido de Marina não tem presença garantida nem nos debates de TV, segundo critérios da lei eleitoral.

No evento de comemoração do 1º de Maio da União Geral dos Trabalhadores (UGT), a ex-senadora lembrou que em 2014 estava na disputa também por um partido pequeno, o PSB, e sofreu ataques da campanha da ex-presidente Dilma, que, no fim, foi derrubada pelos parlamentares.

Ainda sobre as alianças, a presidenciável disse que pretende se aliar aos "melhores" na política e também na sociedade civil. "Nem todo mundo do PT é ladrão, nem todo mundo do PSDB cometeu os atos do Aécio, nem todo mundo do PMDB é ruim", argumentou.

Reforma

Questionada sobre sua posição quanto à reforma trabalhista, a senadora criticou a forma como o projeto foi encaminhado pelo Congresso - sem discussão com a sociedade - e criticou o fato de parlamentares terem deixado caducar a Medida Provisória 808, que ajustava os pontos mais polêmicos. "Agora voltou tudo que era antes (da MP), estamos em uma situação de total insegurança jurídica. Um grupo está em um sistema e outro grupo está em outro", disse.

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