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Marín volta a se defender de atos na ditadura

O dirigente negou que na época da morte de Herzog tenha discursado pedindo atos mais duros de repressão ao então diretor da TV Cultura.

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 15h39.

Rio de Janeiro - Em entrevista coletiva para fazer um balanço sobre a Copa das Confederações nesta segunda-feira, com a presença do presidente da Fifa, Joseph Blatter, do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, entre outras autoridades, o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL), José Maria Marín, teve mais uma vez que falar sobre seu passado político.

Novamente perguntado sobre seu envolvimento na morte do jornalista Vladimir Herzog durante a ditadura militar, Marín repetiu a postura que costuma adotar e se colocou na defensiva, mas desta vez falou com mais detalhes sobre o assunto.

"Talvez vocês ainda acreditem que uma mentira dita mil vezes se torne verdade. É um fato que não tem nada que ver, que aconteceu em 1975... Depois fui governador, vice-governador, presidente da Federação Paulista de Futebol e este fato nunca foi mencionado. Para ver como o futebol tem importância. Não me arrependo de nenhum ato da minha vida. Nunca atuei com dolo contra ninguém, sou um verdadeiro democrata", garantiu.

O agora dirigente negou que na época da morte de Herzog tenha discursado pedindo atos mais duros de repressão ao então diretor da TV Cultura. Ele explicou que ouviu reclamações de que o canal não divulgava obras feitas pelo então governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, e apenas afirmou que isso deveria ser apurado.

"Ou o governador não tinha o que reclamar ou o jornalista estava errado. Disse que isso tinha que ser apurado. Obviamente essas cobranças têm a ver com as próximas eleições da CBF, em que não serei candidato. Meu único trabalho é dar alegrias à torcida brasileira. Fora isso, não tenho ambição política. Tenho compromisso com o trabalho, a dedicação e a verdade, principalmente a verdade", argumentou.

Sobre a Copa das Confederações, Marín se disse satisfeito com a organização da competição de uma forma geral, mas prometeu não relaxar para que a Copa do Mundo do ano que vem também seja considerada um sucesso.

"Apesar da justa alegria, não estamos deslumbrados, temos consciência de nossa responsabilidade. Foi cumprida uma etapa, mas a grande meta é a Copa de 2014. Não temos euforia nem deslumbramento, sabemos que o momento é de termos responsabilidade para respondermos à altura o apoio que recebemos", afirmou. 

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