José Maria Marin, ex-presidente da CBF: ao chegar a Nova York, ficará à disposição para interrogatórios até o fim desta semana e depois irá para seu apartamento onde cumprirá prisão domiciliar (Rafael Ribeiro / CBF)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 13h35.
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, pode ser extraditado para os Estados Unidos nesta terça-feira (3), após fechar acordo com o FBI, a polícia norte-americana.
O cartola deve deixar Zurique, na Suíça, sem passar por controles de imigração e seguirá para os Estados Unidos em um avião comercial e com escolta policial.
Ao chegar a Nova York, ficará à disposição para interrogatórios até o fim desta semana e depois irá para seu apartamento na Trump Tower, na Quinta Avenida, onde cumprirá prisão domiciliar.
Marin é o último dos sete altos dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) a deixar a Suíça após ter decretada sua prisão.
No dia 27 de maio, uma ação conjunta das autoridades dos dois países prendeu líderes do futebol de diversas nações, especialmente latino-americanas, sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e recebimento de propina.
A negociação do ex-presidente da CBF seguiu os moldes que o FBI utilizou com o ex-dirigente da Confederação de Futebol da América do Norte, América Central e Caribe (Concacaf) Jeffrey Webb.
Ambos têm apartamentos em Nova York, dinheiro e bens suficientes para pagar uma fiança de cerca de R$ 38 milhões para não ir para um presídio.
Até que seus julgamentos sejam feitos, eles aguardarão o processo em suas residências.
Segundo a investigação da Procuradoria de Nova York, o brasileiro seria um dos cinco beneficiários de uma esquema de propina de US$ 110 milhões paga para garantir os direitos de transmissão da Copa América 2015 e da Copa América Centenário, que será disputada no ano que vem.