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Marcos Valério vai para prisão onde presos têm chaves das celas

Ele foi transferido para a Associação de Proteção e Assistências ao Condenado (Apac) de Sete Lagoas, também na Grande BH

Ex-empresário: negocia desde o ano passado delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Ex-empresário: negocia desde o ano passado delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2017 às 13h29.

Última atualização em 18 de julho de 2017 às 14h48.

Belo Horizonte - O ex-empresário Marcos Valério Fernandes de Souza foi transferido na noite desta segunda-feira, 17, da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para a Associação de Proteção e Assistências ao Condenado (Apac) de Sete Lagoas, também na Grande BH. Nesta prisão, parte dos presos tem as chaves das celas e os seguranças não andam armados.

Entre os critérios para cumprir pena em uma Apac, estão concordar com as regras de ressocialização do centro de detenção e ter parente residente no local. Antes da transferência é necessário, ainda, ouvir o Ministério Público e a administração prisional. A defesa do ex-empresário alega que a mulher de Valério mora em Sete Lagoas.

Nas Apacs os condenados não usam uniforme e os seguranças não portam armas. Marcos Valério já havia pedido transferência para outra Apac, de Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas. Porém, a ida para a instituição não ocorreu porque ficou comprovado que o ex-empresário, ao contrário do que alegou à época, não tinha parentes residindo no município.

Marcos Valério foi condenado a 37 anos e cinco meses de prisão no escândalo que ficou conhecido como mensalão do PT e estava preso desde 2014 em Contagem. Segundo o advogado do ex-empresário, Jean Kobayashi, Valério cumpre todos os pré-requisitos para que passe a cumprir a pena em uma Apac.

O ex-empresário, que também responde ação por envolvimento no mensalão mineiro, negocia desde o ano passado delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Sua defesa afirma que já esteve em Brasília tentando fechar o acordo. Além disso, integrantes do Ministério Público Federal viajaram a Belo Horizonte para dar andamento às negociações. Até o momento, no entanto, o acordo não foi concluído.

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