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Marcos Valério deve passar o fim de semana preso em Salvador

O publicitário e mais 14 pessoas foram presas nesta sexta-feira , na Operação Terra do Nunca, que investiga um esquema de grilagem de terras no oeste do estado

Marcos Valério ficou conhecido a prática alimentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de pagar propina a parlamentares (José Cruz/ABr)

Marcos Valério ficou conhecido a prática alimentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de pagar propina a parlamentares (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 16h33.

Brasília – O advogado do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, Marcelo Leonardo, vai entrar com um pedido de soltura na segunda-feira (5), no Tribunal de Justiça da Bahia. O publicitário e mais 14 pessoas foram presas nesta sexta-feira (2), na Operação Terra do Nunca, coordenada pela Polícia Civil da Bahia, que investiga um esquema de grilagem de terras no oeste do estado.

Para Marcelo Leonardo, a prisão do cliente dele é ilegal. “Desde a reforma do Código de Processo Civil, em julho deste ano, a prisão deve ser a última opção tomada pelo juiz”, alega o advogado.Ele estranhou que Marcos Valério não tenha sido procurado em nenhum momento para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de grilagem de terras. “Todas as vezes em que ele foi procurado nos últimos seis anos, [Valério] prestou todos os esclarecimentos e, hoje ainda, foi encontrado em casa. Não havia necessidade da prisão preventiva”.

O advogado também disse que o cliente nunca foi ao oeste da Bahia, onde está a cidade de São Desidério, foco do esquema investigado de grilagem de terras. “Se alguém vendeu títulos irregulares, a empresa dele é vítima. É um problema que ele não tinha condições de saber”.

Para Marcelo Leonardo, nem as autoridades tem o mesmo entendimento sobre o caso. “O Ministério Público deu parecer contrário à prisão de Francisco [Marcos Castilho Santos] e Margaretti [Maria de Queiroz Freitas, ex-sócios de Valério na Agência DNA]. Isso demosntra que não há consenso nem na comarca [baiana]”.

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