Brasil

Marco Maia: R$ 540 para o salário mínimo "é pouco"

Deputado petista disse que vai trabalhar por um mínimo maior, mas que não comprometa as contas públicas

O Deputado Marco Maia, do Rio Grande do Sul, é o candidato do PT para presidência da Câmara (José Cruz/ABr)

O Deputado Marco Maia, do Rio Grande do Sul, é o candidato do PT para presidência da Câmara (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 15h37.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, deputado federal Marco Maia (PT-RS), reconheceu, hoje (19), que o valor de R$ 540 “é pouco” para o salário mínimo. A medida provisória do governo que reajustou o salário mínimo tramita na Câmara e começa a ser debatida a partir de fevereiro, no início do ano legislativo.

Maia defendeu um valor que acompanhe os ganhos reais obtidos ao longo dos últimos oito anos sem, no entanto, comprometer os gastos públicos. “Precisamos procurar um equilíbrio. O meu papel, é tentar conduzir as negociações de forma equilibrada que permita, a cada um [Executivo, centrais sindicais e partidos], dar a sua opinião”, disse o presidente da Câmara, em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar hoje, às 22 horas. O programa, ancorado por Luiz Carlos Azedo, teve a participação dos jornalistas da EBC Eudes Junior e Tereza Cruvinel.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Executivo tem caixa para elevar o valor do salário mínimo para R$ 545. No Congresso, entretanto, outras propostas são discutidas. As centrais sindicais e os aposentados querem um reajuste para R$ 580. PSDB e Democratas, da oposição, já anunciaram que defenderão o valor de R$ 600, bandeira do candidato tucano à Presidência da República em 2010, José Serra.

Na entrevista ao 3 a 1, Marco Maia defendeu ainda a autonomia do Legislativo de promover mudanças em matérias (projetos de lei e medidas provisórias) encaminhadas pelo governo federal. “O governo precisa entender que, quando apresenta propostas [ao Congresso], poderão haver mudanças. Isso faz parte do trabalho parlamentar”.

Marco Maia também tratou de outros assuntos, como a lentidão do Congresso para apreciar temas relevantes para a população. “Precisamos acelerar o processo legislativo, permitir que o Congresso exerça seu papel de forma atuante”. Ele acrescentou que, se eleito para mais um mandato de presidente da Câmara, “patrocinará esse diálogo”. Marco Maia também se mostrou favorável a análise de mecanismos que permitam maior interação da sociedade com o Congresso, por meio de plebiscitos, consultas e referendos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos TrabalhadoresSalário mínimo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas