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Marco Feliciano fala para artistas “arrumarem o que fazer”

Defensor voraz do governo interino de Temer, deputado usa ideologia de gênero para questionar representação feminina na atual equipe de ministros


	Marco Feliciano: "será que não tem negros? Como assim? É pela pigmentação da pele?"
 (Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)

Marco Feliciano: "será que não tem negros? Como assim? É pela pigmentação da pele?" (Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de maio de 2016 às 18h41.

São Paulo – Um dos defensores mais ferrenhos do governo interino de Michel Temer (PMDB), o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) usou as redes sociais para criticar os protestos da classe artística contra a extinção do Ministério da Cultura.

“Meus amigos, que são intelectuais e artistas, deixa (sic) eu dar uma palavrinha: vocês estão tristes com o fechamento do Ministério da Cultura? Procurem o Ministério do Trabalho. Vá arrumar o que fazer. Pare de ficar sugando nas 'tetas' do governo”, afirma.

Ele ainda critica a postura dos ministros de Temer que, segundo ele, aparentam não ter coragem para encarar movimentos sociais. “É preciso colocar pessoas que tenham força”, diz em referência aos ministérios. “Quem quer ver o país melhor não se curva. Caso contrário, o senhor e seus ministros ficarão reféns para sempre do PT e seus puxadinhos”.

Feliciano, que é pastor da igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e um dos líderes da bancada evangélica na Câmara, afirma que a falta de representação feminina na equipe ministerial é questionável.

“O próprio PT desconstruiu a figura da mulher e do homem. É ensinado nas escolas que sexo não é definido no meio das pernas”, diz. “Quem pode afirmar que não tem mulher no seu governo? Será que não tem negros? Como assim? Pela pigmentação da pele?”. Veja o vídeo:

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