Brasil

Marco Civil da Internet: STF adia julgamento e abre caminho para Câmara votar PL das Fake News

Com isso, a Câmara dos Deputados ganha mais tempo para debater e votar o Projeto de Lei (PL) 2630/2020, que ficou conhecido como PL das Fake News

STF: Hoje, quatro ações no STF discutem a regulação das redes sociais (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

STF: Hoje, quatro ações no STF discutem a regulação das redes sociais (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 17 de maio de 2023 às 13h06.

Última atualização em 17 de maio de 2023 às 13h07.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar o julgamento sobre o Marco Civil da Internet que estava previsto para esta quarta-feira, 17. A presidente da Corte, ministra Rosa Weber, vai remarcar a análise do tema para a segunda quinzena de junho. Ainda não há data definida.

Com isso, a Câmara dos Deputados ganha mais tempo para debater e votar o Projeto de Lei (PL) 2630/2020, que ficou conhecido como PL das Fake News. A proposta institui a Lei Brasileira de liberdade, responsabilidade e transparência na internet. O julgamento no STF poderia atropelar o debate do assunto pelos deputados.

Hoje, quatro ações no STF discutem a regulação das redes sociais. Duas delas tratam do artigo 19 do Marco Civil da Internet (lei 12.965/2014), que estabelece que as big techs - como Google, Meta (proprietária do Instagram e Facebook) e TikTok - só podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros se não tomarem providências após ordem judicial. As outras duas questionam se aplicativos de mensagens - como Telegram e WhatsApp - podem ser suspensos caso não cumpram uma decisão da Justiça.

Um dos processos tem como base o caso de uma mulher que teve um perfil falso criado no Facebook sem seu consentimento. O usuário falso ofendeu familiares e conhecidos da autora. Mesmo após ser instada, a rede social não apagou a página.

Pedido dos relatores

A decisão de adiar o julgamento dessas ações foi feita a pedido dos relatores. Além de Rosa Weber, os temas são relatados pelos ministros Edson Fachin, Dias Toffoli e Luiz Fux.

Já na Câmara, líderes partidários articulam a análise nesta quarta-feira de dois trechos do PL das Fake News. Os deputados fatiaram o texto principal e removeram para o Projeto de Lei 2370/2019, de relatoria do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), os artigos que tratam do pagamento de direitos autorais a artistas e da remuneração de empresas jornalísticas pelas big techs.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Fake news

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP