Brasil

Marco Aurélio: decisão do STF não atrapalha diplomacia

O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência argumenta que a decisão de rejeitar a extradição de Cesare Battisti envolve o Judiciário e não o Executivo

Marco Aurélio: “o Supremo soberanamente decidiu, e a Itália tem todo o direito de usar as prerrogativas" (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Marco Aurélio: “o Supremo soberanamente decidiu, e a Itália tem todo o direito de usar as prerrogativas" (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 14h24.

Brasília - O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (9) que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou a extradição e determinou a libertação imediata do ex-ativista político Cesare Battisti, não ameaça as relações entre os dois países. Ele argumenta que as discussões envolvem o Judiciário e não o Executivo.

“Esse é um problema que está circunscrito à esfera judicial”, disse o assessor, que participou hoje da reunião da presidente Dilma Rousseff com o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, no Palácio do Planalto. Segundo ele, a decisão do STF sobre Battisti não foi assunto de conversa com Dilma.

“O Supremo soberanamente decidiu, e a Itália tem todo o direito de usar as prerrogativas [a que tem direito]. Mas não é um tema que esteja nas mãos do Executivo. Foi resolvido ontem pelo Supremo”, afirmou Garcia.

Ao mencionar o direito do governo da Itália de recorrer da decisão da Suprema Corte, Garcia se referiu à possibilidade divulgada pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, e o chanceler Franco Frattini de recorrer à Corte de Haia. Os italianos alegam que o Brasil desrespeitou o tratado de extradição que há com a Itália.

Ontem (8), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram também, por placar de 6 votos a 3, libertar imediatamente Battisti. O italiano deixou o Presídio da Papuda, em Brasília, na madrugada de hoje. Na Itália, o ex-ativista foi julgado à revelia por ter participado dos assassinatos de quatro pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaPaíses ricosAmérica LatinaEuropaItáliaPiigsDados de BrasilJustiçaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Bolsonaro passa por novos exames após crises de soluços e episódios de falta de ar

'Florianópolis é um orgulho para o Brasil e para a América', diz ministro do Turismo argentino em SC

Lula diz que Brasil vive 'uma turbulência desnecessária' causada por Trump

Em meio ao tarifaço, Eduardo Bolsonaro publica foto com secretário do Tesouro dos EUA