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Marcha para Jesus vira palco para atos contra a corrupção

O evento é organizado e liderado pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer


	Evangélicos na Marcha para Jesus: protesto gospel contra corrupção
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Evangélicos na Marcha para Jesus: protesto gospel contra corrupção (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 09h32.

São Paulo - Com faixas e cartazes pedindo uma "faxina ética" no país e até orações contra a corrupção, a 23ª Marcha para Jesus reuniu nesta quinta-feira, 04, cerca de 340 mil fiéis na zona norte de São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar.

Os fiéis, de igrejas cristãs de diversas denominações, percorreram quatro quilômetros pela Avenida Tiradentes, da Praça da Luz, no centro, até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na zona norte. O evento é organizado e liderado pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer.

Apesar de o tema principal da marcha ter sido "Exaltando o Rei dos Reis", houve alguns momentos espontâneos de cunho político. A abertura dos shows - organizados em um palco montado no local - teve uma oração "contra a corrupção".

Poucos políticos de destaque participaram do evento. O senador Magno Malta (PR-ES), que esteve em um dos dez trios elétricos de música gospel, destacou a manifestação de rua.

"Nós estamos na rua enfrentando os políticos e a corrupção. Sem queimar carro, sem destruir patrimônio público, sem estar mascarado. Somos um povo pacífico, mas estamos aqui para requerer direitos", afirmou o senador do PR.

Hernandes e sua mulher, Sonia Hernandes, já foram presos em janeiro de 2007 sob acusação de ingressar nos Estados Unidos com US$ 56 mil não declarados. Hernandes foi liberado no fim do ano e Sonia, em 2008. Eles sempre negaram crime de evasão de divisas.

Além de faixas e cartazes com outras pautas como a criminalização do aborto, alguns participantes da marcha estavam no local para defender uma "intervenção militar constitucional".

O movimento SOS Forças Armadas, que esteve presente nos dois protestos contra a presidente Dilma Rousseff, em março e abril, pedia apoio dos militares para que haja uma nova eleição no país em 90 dias.

"Precisamos de uma faxina no sistema político brasileiro. Impeachment não vai resolver", disse o empresário Renato Tamaio, de 48 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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