Manifestantes da Marcha das Margaridas se encontram com o ex-presidente Lula, em Brasília (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula/ Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2015 às 13h41.
Brasília - A solenidade de homenagem à 5ª Marcha das Margaridas, no Senado, se transformou em ato de defesa ao governo da presidente Dilma Rousseff.
As participantes carregavam bandeiras com a imagem da presidente e parlamentares se manifestaram em favor do Palácio do Planalto.
As mulheres que participam do evento estão acampadas na capital federal e nesta quarta, 21, pela manhã fizeram uma caminhada de pouco mais de quatro quilômetros entre o Estádio Nacional e o Congresso, onde se concentraram.
No início da tarde, uma parte delas foi recebida no Plenário do Senado para uma homenagem. Segundo a organização do evento, a marcha conta com 100 mil participantes.
"No que pese ser um dos principais países do mundo, protagonista em tudo, o Brasil ainda é um País que convive com injustas diferenças entre homens e mulheres", disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que abriu a solenidade.
Ela afirmou ainda que, durante a tarde, será apresentado um projeto que coloca uma cota de cadeiras a serem ocupadas por mulheres no Congresso.
A solenidade no Senado acabou por se transformar em ato de desagravo à presidente, que enfrenta uma crise política tendo perdido parte da base aliada.
"Querem fazer parecer que a crise econômica é culpa da presidente Dilma", disse o deputado Odorico Monteiro (PT-CE). "Não se pode apostar na tese do quanto pior melhor. É importante que eles saibam que a presidenta não vai renunciar nem ficar impedida de governar até 2018", disse.
Enquanto ele falava no Plenário, as participantes da marcha, do lado de fora do Congresso, carregavam faixas com os dizeres "Fica Dilma".