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Marcha da Família reúne 50 mil religiosos em Brasília

Uma passeata uniu católicos e evangélicos para se manifestar a favor do projeto legislativo que suspende a decisão do STF de reconhecer a união civil de pessoas do mesmo sexo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 23h59.

Brasília - Representantes de igrejas e parlamentares evangélicos e católicos protestaram nesta quarta-feira em Brasília contra a legalização da união civil gay e para pedir mudanças no projeto de lei complementar que prevê a criminalização da homofobia e para .

A chamado Marcha da Família convocou nesta quarta uma passeata que uniu católicos e evangélicos para se manifestar a favor do projeto legislativo que suspende a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união civil de pessoas do mesmo sexo.

Os organizadores da passeata entregaram um manifesto com mais de um milhão de assinaturas ao presidente do Senado, José Sarney, informou a "Agência Brasil".

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado opositor João Campos, qualificou como "inconstitucional" o projeto que criminaliza a homofobia. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas está em trâmite desde 2006 no Senado.

Na Câmara, os representantes se expressaram a favor da proposta que pretende invalidar a decisão da máxima corte de Justiça de reconhecer a união civil entre homossexuais.

Segundo o movimento, o poder Legislativo é o responsável por mudar as leis, e os princípios do matrimônio na Constituição estabelecem que o vínculo de casamento seja "entre um homem e uma mulher".

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da marcha, disse que o movimento não está contra os homossexuais e reconheceu seus direitos, mas advertiu que este assunto deve ser discutido "democraticamente" entre as partes interessadas.

Malafaia, igualmente, afirmou que a criminalização da homofobia deve passar por mudanças, pois segundo sua interpretação as pessoas que manifestarem seu pensamento "filosófico", amparadas na liberdade constitucional de expressão, podem ser presas por até cinco anos.

Na marcha participaram cerca de 50 mil pessoas, segundo os cálculos do pastor.

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