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Marcelo Odebrecht diz que Dilma sabia de caixa 2

Segundo a Folha de S.Paulo, o executivo afirmou ao TSE que a ex-presidente sabia dos pagamentos ilegais à campanha

Dilma Rousseff: segundo Marcelo, ex-presidente sabia que pagamento de caixa dois era feito via João Santana (Andres Stapff/Reuters)

Dilma Rousseff: segundo Marcelo, ex-presidente sabia que pagamento de caixa dois era feito via João Santana (Andres Stapff/Reuters)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 24 de março de 2017 às 06h52.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 12h53.

São Paulo - O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a ex-presidente Dilma Rousseff sabia dos pagamentos ilegais à campanha eleitoral de 2014.

Segundo a Folha de S.Paulo, Marcelo ainda teria dito que nunca recebeu pedido "específico" de doação do presidente Michel Temer.

De acordo com a delação, obtida pelo jornal, parte do caixa dois da campanha foi paga via João Santana, o marqueteiro do partido.

Marcelo teria sido perguntado se ele já havia conversado com Dilma sobre as dívidas com o PT. A resposta foi:

"Não. Veja bem, Dilma sabia da dimensão da nossa doação, e sabia que nós éramos quem fazia grande parte dos pagamentos via caixa dois para o João Santana. Isso ela sabia".

Mais para a frente, ele completa: "Ela nunca me disse que sabia que era caixa dois, mas é natural, ela sabia que toda aquela dimensão de pagamentos não estava na prestação do partido".

Resposta

Dilma Rousseff respondeu à Folha de S.Paulo afirmando que "não tem nem nunca teve" qualquer relação próxima com Marcelo Odebrecht.

"É preciso deixar claro: Dilma Rousseff sempre manteve uma relação distante do empresário, de quem tinha desconfiança desde o episódio da licitação da Usina de Santo Antônio", afirmava a nota enviada pela ex-presidente.

"O senhor Marcelo Odebrecht precisa incluir provas e documentos das acusações que levanta contra a ex-presidenta da República, como a defesa de Dilma solicitou –e teve negado os pedidos– à Justiça Eleitoral. Não basta acusar de maneira leviana."

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