Brasil

Maranhão se comprometeu a seguir com impeachment de Temer

Costa afirmou ainda que o deputado do PP também se comprometeu em analisar recurso que pede a anulação da sessão da Câmara que aprovou impeachment


	Waldir Maranhão: o pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade foi aceito em abril pelo presidente afastado da Câmara
 (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

Waldir Maranhão: o pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade foi aceito em abril pelo presidente afastado da Câmara (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 15h36.

Brasília - O vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), afirmou nesta sexta-feira, 6, que o presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), se comprometeu a dar seguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer na Casa.

Costa afirmou ainda que o deputado do PP também se comprometeu em analisar recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que pede a anulação da sessão da Câmara que aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último dia 17 de abril.

"O atual presidente Waldir Maranhão se comprometeu comigo, e eu disse a ele que ia comunicar isso ao Brasil, que na segunda-feira ia mandar requerimento a todos os líderes partidários, pedindo que indicassem os membros da comissão (do impeachment de Temer", afirmou Costa em entrevista coletiva.

O pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade foi aceito em abril pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após ele ser obrigado por liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha recorreu da decisão e aguarda julgamento do recurso.

Oficialmente, Eduardo Cunha pediu que os líderes indicassem os 65 membros da comissão. Em acordo com líderes da oposição, o peemedebista não estipulou um prazo para as indicações.

Com isso, até o fim de abril, apenas 14 integrantes tinham sido indicados pelos partidos. Somente PT, Rede, PCdoB, PEN, PMB, PSOL e PTdoB indicaram seus membros.

Líderes de partidos que não indicaram seus membros justificam que querem aguardar o recurso de Cunha ser analisado no STF para fazer as indicações. Outros afirmam apenas que não possuem deputados interessados em participar do colegiado.

AGU

O vice-líder do governo disse ainda que Waldir Maranhão se comprometeu em analisar o recurso da AGU, apresentado em 26 de abril, e seguir a constituição.

"Ele disse para mim e jurou de pé junto que, diferente de Eduardo Cunha, ia respeitar o regimento e a Constituição", afirmou Costa.

"Ora, ao analisar, se ele realmente seguir a Constituição e o Regimento da Casa, ele não terá outro caminho a não ser anular aquela sessão, porque todos os motivos regionais e constitucionais estão aqui", afirmou Silvio Costa, em entrevista nesta sexta-feira.

Assinado pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, o pedido da AGU elenca pelo menos quatro ilegalidades na sessão, entre elas a não abertura de espaço para pronunciamento da defesa de Dilma após a fala do relator do processo de Dilma na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Procurado, Waldir Maranhão, por meio de sua assessoria de imprensa, não confirmou nem desconfirmou as declarações de Silvio Costa. Disse apenas que "seguirá o regimento" e que colocará os assuntos para "avaliação" dos outros líderes partidários da Câmara em reunião na próxima terça-feira, 10.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosEduardo CunhaImpeachmentMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas