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Maracanã pode ser vendido para pagar dívidas do RJ com a União

Estádio foi incluído pela CCJ da Alerj em lista de imóveis que podem ser vendidos pelo governo do Rio de Janeiro

 (iStock /Getty Images)

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Publicado em 23 de outubro de 2025 às 15h33.

O Complexo do Maracanã foi incluído na lista de 62 imóveis que o governo do Rio de Janeiro pretende vender para reduzir dívidas com a União.

A proposta, aprovada na quarta-feira, 22, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (Alerj), amplia o número de bens que podem ser alienados e ainda precisa ser votada em plenário.

Com a mudança, 30 novos imóveis foram adicionados à lista — entre eles o Maracanã, a Aldeia Maracanã e propriedades da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) —, enquanto 16 foram retirados, como o Batalhão da PM do Leblon e a Escola de Música Villa-Lobos.

Segundo o governo estadual, a venda dos imóveis pode render cerca de R$ 1,5 bilhão, recurso que ajudaria a abater parte do déficit orçamentário estimado em R$ 19 bilhões para o próximo ano.

A medida também faz parte da estratégia para futura adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite que os estados usem bens públicos como forma de abater débitos com o governo federal.

Custos de manutenção do estádio

O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Amorim (União), afirmou que o estado precisa se desfazer de imóveis subutilizados e destacou o custo de manutenção do estádio. Segundo ele, cada partida realizada no Maracanã gera um gasto médio de R$ 1 milhão aos cofres públicos.

Atualmente, o complexo é administrado pela empresa Fla-Flu Serviços S.A., formada por Flamengo e Fluminense, que venceram a licitação em 2024 e obtiveram a concessão por 20 anos.

O contrato prevê pagamento anual de R$ 20 milhões ao governo estadual e investimentos de R$ 186 milhões ao longo do período.

Apesar da concessão, a inclusão do Maracanã na lista reacende o debate sobre o futuro do estádio, um dos principais símbolos do futebol brasileiro. O deputado Amorim defende que o governo encontre uma solução definitiva para o equipamento, seja por meio de uma concessão mais longa ou pela venda do complexo.

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