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Máquinas de recarga do Metrô falham há dias

Empresa Perto admite “oscilação no serviços” de autoatendimento

Máquinas foram instaladas por empresas privadas  (Wikimedia Commons)

Máquinas foram instaladas por empresas privadas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 18h22.

São Paulo – Algumas máquinas de autoatendimento instaladas nas estações de Metrô na cidade de São Paulo sofrem com a instabilidade de sistema há pelo menos uma semana. O problema ocorre dias antes do aumento de preço das passagens.

Em funcionamento desde agosto de 2011, as máquinas foram instaladas por empresas privadas com o objetivo de diminuir as longas filas que se formam para recarga dos cartões nos caixas com atendimento presencial.

Em 17 estações do Metrô espalhadas por São Paulo, há máquinas deste tipo, que aceitam pagamento em dinheiro ou com cartão de débito. Para inserir as notas ou o cartão do banco para colocar créditos no Bilhete Único, que é aceito não só no Metrô, mas em ônibus e trens da CPTM.

Ao longo da semana, a reportagem da INFO visitou sete estações de Metrô e em seis delas havia ao menos uma máquina de autoautendimento fora de funcionamento. Às vezes, a máquina funcionava porém de forma restrita, ora sem aceitar o pagamento via cartão de débito ora sem aceitar o pagamento em dinheiro.

O caso mais grave foi registrado na estação Pinheiros (linha Amarela), com capacidade de cerca de 140 mil passageiros ao dia. Nesta estação, os três terminais de autoatendimento da empresa Perto acessíveis aos usuários antes de pagar a passagem e passar pela catraca não funcionavam corretamente esta semana.

Destes terminais, um exibe há mais de uma semana uma tela preta com a mensagem “Terminal indisponível. Sem conexão com dispositivos”. Já os outros dois terminais apresentavam uma mensagem de erro ao tentar carregar o bilhete único por meio do cartão de débito.


Na estação República do Metrô, a empresa Ponto Certo possui quatro terminais de autoatendimento. Desse total, três máquinas apresentaram problemas nesta semana. Um terminal estava indisponível e com problemas na impressora, outra máquina estava sem conexão e uma terceira não informava o saldo dos cartões.

Já ma Na estação Luz, que conta com grande movimento em função da integração com a Linha 4-Amarela e com a CPTM, apenas um terminal da Perto funcionava corretamente. As outras três máquinas apresentavam a mensagem “sem conexão”.

Na estação Sé, estação mais movimentada da cidade e do país, havia um terminal da empresa Serviços Digitais fora do ar. Outros três funcionavam normalmente. A estação tem capacidade para transportar até 100 mil pessoas durante o horário de pico, segundo o Metrô.

Já na estação Carrão do Metrô (linha Vermelha) há dois terminais de autoatendimento da Serviços Digitais. Ambos apresentavam a mensagem “Terminal fora de serviço. Dirija-se a outro terminal”. De todas as estações visitadas, apenas a Paulista (linha Amarela) estava com os quatro terminais da Perto sem problemas técnicos.

De acordo com Fernando Mitidieri, gerente geral da área de outsourcing da Perto, a empresa admite “oscilação no serviços” de autoatendimento. Mitidieri explica que sua empresa monitora todos os terminais instalados em São Paulo remotamente e sempre esta a par quando uma ou mais máquinas falha. A Perto fornece as máquinas para seis estações do Metrô na Linha Amarela.

Ao detectar uma falha, diz Mitidieri,uma equipe de manutenção é acionada para sanar o problema. Após contato da INFO, a reportagem verificou que técnicos visitaram a estação Pinheiros para tentar solucionar a instabilidade de sistema dos terminais.


Procurada pela INFO ao longo desta semana, a assessoria do Metrô não respondeu aos e-mails e contatos feitos por telefone. A resposta será publicada nesta nota assim que houver uma resposta do Metrô.

Janser Priori, presidente da Serviços Digitais, que administra parte das máquinas usadas pelo Metrô, admite falhas pontuais em seus equipamentos e atribui parte dos problemas ao vandalismo de alguns usuários. “Enfrentamos dificuldades com máquinas que têm suas telas quebradas a pancadas ou têm a entrada de dinheiro e cartão fechadas com massa de secagem rápida”, diz.

Ainda de acordo com Priori, uma falha em apenas um dos vários componentes eletrônicos pode causar a mensagem de “sistema fora do ar”, como excesso de dinheiro no cofre da máquina, falta de conexão com a rede, transações feitas em um horário pico ou sistemas de empresas parceiras que estão fora do ar.

O executivo diz que, em São Paulo, há 10 técnicos que fazem a manutenção dos terminais de autoatendimento e que irá apurar eventuais problemas. “O serviço fornecido pela Serviços Digitais possui qualidade superior ao dos fornecedores anteriores. Os momentos avaliados pela redação são curtos. É necessário avaliar durante um longo período”, diz Priori.

Procurada pela INFO, a empresa Ponto Certo disse que as quatro máquinas de autoatendimento da empresa que estão na estação República do Metrô realizaram mil transações na mesma data que a INFO apurou a instabilidade do sistema.


Ainda de acordo com a Ponto Certo, eventualmente, uma ou outra transação pode ser recusada por falha em alguma função, como falta de comunicação entre os sistemas da empresa e SPTrans.

As críticas dos usuários envolvem ainda dificuldades para obter um novo Bilhete Ùnico ou mesmo para recarregá-lo em terminais de atendimento presencial. São frequentes as falhas de conexão, filas e mensagens de “sistema fora do ar”.

Aumento da tarifa - As máquinas de autoatendimento sofrem instabilidade de sistema dias antes do aumento da tarifa do Metrô. Até sábado (11), cada passagem custa R$ 2,90. Neste domingo (12), o preço da passagem será reajustado para R$ 3,00. Já o preço do Bilhete Madrugador (válido para quem usa o Metrô das 4h40 às 6h15) não será reajustado.

Reclamações

O Metrô possui uma página na internet para receber reclamações e elogios sobre os serviços prestados. O acompanhamento das manifestações pode ser feito pela internet.

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