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Manuel Palácios é cotado para assumir órgão responsável pelo Enem

Professor da UFJF deve assumir o Inep, que esteve no centro de polêmicas durante a gestão Bolsonaro

MEC: o anúncio será feito pelo chefe da pasta, Camilo Santana, na tarde desta sexta-feira (Rafael Henrique/SOPA Images/Getty Images)

MEC: o anúncio será feito pelo chefe da pasta, Camilo Santana, na tarde desta sexta-feira (Rafael Henrique/SOPA Images/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de janeiro de 2023 às 16h39.

O professor Manuel Palácios, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, deve presidir o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), segundo apurou o GLOBO com integrantes do Ministério da Educação. O anúncio será feito pelo chefe da pasta, Camilo Santana, na tarde desta sexta-feira.

O Inep é a instituição responsável pelo Enem e outras grandes avaliações do setor da educação. Caso sua nomeação seja confirmada, não será a primeira vez que Palácios participará do governo. Ele tem passagens pelo MEC no governo Dilma Rousseff, quando assumiu a Secretaria Básica da pasta e trabalhou ativamente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Até o momento, a pasta tem confirmado os nomes da ex-governadora do Ceará Izolda Cela, que será a número dois de Camilo na Secretaria Executiva, e da Fernanda Pacobahyba, ex-secretária da Fazenda do Ceará que assume o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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Na gestão de Jair Bolsonaro, o Inep esteve envolvido em uma série de polêmicas, com postos-chave do instituto ocupados por pessoas sem experiência na área. Desde antes de assumir, Bolsonaro afirmou que o Enem passaria a ter "a sua cara" e indicou que poderia tentar interferir nas questões da prova, que têm como regra serem sigilosas para evitar vazamentos.

No ano passado, o ex-presidente do Inep chegou a ser denunciado pelos funcionários da autarquia, acusado de praticar assédio moral e censura. Os relatos desencadearam a maior crise da história do Inep. Na época, Dupas negou as acusações e alegou que os servidores estavam insatisfeitos com mudanças promovidas por ele no órgão.

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